Cabo Verde: Professores iniciam greve de dois dias e ameaçam congelar notas

Professores cabo verdianos em greve

Professores cabo-verdianos cumpriram, nesta quarta-feira, 22, o primeiro de dois dias de greve para exigir o aumento salarial na ordem de 36 por cento, o que o Governo diz ser imposível.

O presidente do Sindicato Nacional dos Professores (Sindep) diz que a classe deixou cair algumas reivindicações, mas não irá ceder na proposta de reajuste salarial.

“No mês de Dezembro, estaremos na disposição de convocar uma greve a nível nacional para condicionar de facto a avaliação dos alunos”, diz Cardoso.

Justificando que a posição não é radical, Cardoso afirma que “queremos que o Governo respeite a classe docente e faça aquilo que deve ser feito para com os professores que são instrutores das demais classes”.

O ministério da Educação promete continuar a dialogar com a classe na procura de melhores mecanismos para dar respostas positivas de forma paulatina, mas não irá aumentar o salário em 36 por cento.

Trata-se de um aumento “absolutamente insuportável para a economia nacional na ordem dos 36,5 por cento nos salários dos professores”, diz o ministro Amadeu Cruz.

Cruz, continuando, diz que “esta proposta teria efeitos colaterais do lado da tributação e da inflação”.

Mesmo assim, o professor Walter Silva espera que “o governante ceda aos nossos pedidos e que possamos chegar a bom porto nas nossas reivindicações, com realce para a equiparação salarial neste momento”.

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