Cabo Verde Cabo Verde passou do 26º para o 30º lugar no Índice de Democracia da revista The Economist. O estudo e referente a 2019.
Mesmo assim, os 7.78 pontos obtidos permitem que o país continue com a melhor classificação entre os cinco de expressão portuguesa.
Na classificação da The Economist, Cabo Verde figura na lista das democracias defeituosas, com eleições justas e livres, respeito das liberdades civis básicas, mas que podem ter problemas como a violação da liberdade de imprensa.
Angola, Guiné-Bissau e Moçambique não cosneguiram pontuação superior a quatro dos dez pontos possíveis e figuram na lista de países com governos autoritários.
A The Economist não publicou dados sobre São Tomé e Príncipe.
Leituras diferentes
Em Cabo Verde, a notícia foi recebida, no meio político, com leituras diferentes, com a oposição a servir-se disso para criticar o Governo.
Julião Varela, secretário geral do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), diz que a democracia não se limita apenas à realização periódica de eleições, mas também ao exercício de um conjunto de direitos individuais e colectivos, pressupostos que estão a ser atropelados.
Para a Uniao Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), esta queda não constitui novidade, porquanto conforme o presidente dos Democratas Cristãos, António Monteiro, há muito que têm chamado atenção para a questão da qualidade da democracia no país.
Na óptica destes dois partidos, em Cabo Verde, muita gente tem medo de exprimir as suas posições e opiniões com receio de represálias.
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Mas o Movimento para a Democracia (MPD), no poder, considera que apesar da queda de quatro lugares, Cabo Verde está bem posicionado no contexto de países de língua portuguesa e africanos.
O secretário-geral adjunto do MPD, Carlos Monteiro, diz que Cabo Verde continua a ser segundo classificado da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, primeiro dos Palop’s e terceiro em África, por isso, no entender do partido, a classificação não deve ser motivo de preocupação e críticas.