As famílias da Ilha de Santiago celebram, hoje (2), a tradicional Quarta-feira de Cinzas, apesar de não ter sido concedido a habitual tolerância de ponto este ano, devido às restrições pandêmicas.
Na celebração, as mesas das famílias enchem-se de comida feita à base do peixe seco, couve, xerém de milho, mandioca, batata doce e leite de coco, sem esquecer o cuscuz com mel servido como sobremesa.
Independentemente da posse de cada família, todos celebram com muita comida tradicional, nesta maior ilha do arquipélago. Isso ficou bem patente nas compras de produtos feitos nos mercados e outros pontos de venda.
No entanto, a igreja católica considera que as pessoas fogem um pouco à real essência das “Cinzas”, que deveriam evidenciar o jejum e não o excesso de comida como tradicionalmente se faz.
O padre José Álvaro disse à VOA que a igreja sempre recomenda a necessidade de se observar mais a fé.
E o sociólogo Henrique Varela recorda que a celebração, maioritariamente em Santiago, se deve à grande ligação da ilha na passagem de escravos. Reza a história que nesse dia os patrões liberavam os escravos para comerem a vontade.
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