Os governos dos Estados Unidos e de Cabo Verde deverão assinar em breve um acordo no sector de defesa e segurança que irá reforçar a capacidade do arquipélago em enfrentar no seu território, tanto em terra como na zona económica exclusiva, actividades criminosas, como o tráfico de drogas e de pessoas.
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Este “ambicioso acordo”, segundo as autoridades cabo-verdianas, acompanha a ofensiva diplomática da Praia de conseguir um terceiro compacto do Millenium Challenge Account do Governo americano.
O embaixador cabo-verdiano em Washington, Carlos Veiga, reiterou ao representante do Departamento de Estado na recepção oferecida ontem para marcar o 42º aniversário da independência do seu país, aqui na capital americana, o empenho do seu Governo em concluir um ambicioso acordo de defesa e segurança.
Em conversa com a Voz da América, Veiga diz que neste momento falta definir apenas alguns detalhes sobre o “estatuto das forças militares que eventualmente estarão em Cabo Verde”, a ante-sala do acordo proposto pelo Governo do arquipélago há um ano.
“Temos um acordo de cooperação com os Estados Unidos em termos de segurança marítima, que vai muito bem, e queremos alargar essa colaboração em termos de defesa, do tipo que têm com o Senegal”, explica Veiga.
Millenninum Challenge Account
O antigo primeiro-ministro cabo-verdiano continua a ter como um dos pontos prioritários da sua agenda, uma forte ofensiva junto do Governo e do congresso americanos para conseguiu um terceiro pacote financeiro, conhecido como Millennium Challenge Account.
Carlos Veiga tem-se desdobrado em contactos com a Administração Trump e com legisladores, tais como os senadores democratas Elizabeth Warren, White House, Chris Koons e o principal conselheiro do senador republicano Marco Rubio, bem como o congressista Joe Kennedy.
“Tanto do Congresso como da Administração encontramos uma apreciação muito positiva de Cabo Verde na execução dos compactos, o primeiro foi excelente e o segundo está no mesmo caminho e, portanto, o problema não está aí”, diz Carlos Veiga, convicto de que caso venha a existir um terceiro programa “Cabo Verde está dentro”.
Refira-se que há dois anos, o Governo americano considerou Cabo Verde um “ancor state”, ou seja um parceiro privilegiado dos Estados Unidos em matéria de segurança em África.