A aposta nas novas tecnologias de informação e comunicação e no empreendedorismo pode ser uma via para aproveitar a mão-de-obra jovem em Cabo Verde, diz o cientista politico Vladimir Furtado.
"Faltam mais apoios institucionais do Estado para fomentar e fortalecer esta perspectiva do empreendedorismo, no aproveitamento dos jovens e canalizá-los no mercado do trabalho. Fala-se muito disso, mas quando se vai à banca esbarra-se ainda com muitos obstáculos", diz Furtado.
Para o empresario do sector hoteleiro e comércio geral, Braz de Andrade, o Governo tem apoiado o tecido empresarial nacional dentro das limitações do país.
Contudo, diz Andrade, o Estado devia condicionar o investimento estrangeiro às áreas como a transformação, onde o empresário cabo-verdiano tem dificuldade em investir e desta forma evitar concorrência desigual.
Neste debate, o economista Benvindo Marques Reis, adverte que o não aproveitamento da força laboral jovem poderá acarretar sérios riscos sociais.
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Os dados preliminares do censo populacional deste ano indicam que Cabo Verde tem 483.628 habitantes, menos 1,6 por cento face ao recenseamento de 2010.
O Instituto Nacional de Estatísticas indica igualmente a redução de jovens e aumento da população idosa no país.
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