Cerca de 57 mil cabo-verdianos residentes no estrangeiro estão recenseados para votar nas eleições Presidenciais deste Domingo, 17.
Em algumas ocasiões, essas comunidades tiveram um papel importante na eleição presidencial, mas há vozes que criticam o fraco envolvimento da sua maioria na vida política do arquipélago.
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Ildo Rocha, activista social residente em Portugal, diz que tal poderá depender da satisfação dos seus anseios por parte das autoridades.
"O Governo tem que pôr em prática um plano estratégico para a emigração, dando respostas a um conjunto de preocupações dos emigrantes”, diz Rocha.
Isso inclui, afirma Rocha, a eliminação de dificuldades nas alfândega e transportes internos e internacionais.
Veja Também Cabo Verde: Analistas denunciam desigualdade na corrida presidencialAlém disso, Rocha defende que “os cidadãos que labutam no estrangeiro não devem ser vistos apenas como contribuintes no envio de remessas, mas sim como uma força motora importante, sobretudo a nível de produção de ideias e conhecimentos para a transformação do país".
Ao nível de campanhas, nos Estados Unidos da América, país que acolhe a maior comunidade, Omar Oliveira diz que se nota mais a movimentação das lideranças partidárias locais do MPD e do PAICV em torno dos candidatos que apoiam, e praticamente não se vênenhuma acção dos demais concorrentes.
O comunicador radiofónico sugere "um engajamento com nível maior de maturidade, porque fala-se muito no partidarismo e as coisas não são vistas numa amplitude maior, que deve ser o país, por isso penso que se deve fazer um trabalho mais cedo com os jovens”.