A vitória de José Maria Neves traz novamente ao cenário politico de Cabo Verde o desafio da coabitação entre o Presidente da República e o Governo de famílias politicas diferentes.
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Na campanha eleitoral, o presidente-eleito, José Maria Neves, teve o apoio do PAICV, na oposição; e Carlos Veiga, da UCID e MpD, no poder.
O analista político António Ludgero Correia considera que essa coabitação, em princípio não irá trazer problemas de maior, uma vez que a Constituição define bem as balizas.
"Eu acho que a coabitação será pacífica, desde que cada um cumpra com o seu papel dentro dos ditames constitucionais; As questões de campanha não farão moçanas relações que devem ser de lealdade e parceria entre o PR e o Governo", dizo escritor.
Veja Também José Maria Neves, eleito Presidente de Cabo VerdeUlisses Correia e Silva, actual primeiro-ministro, que esteve fortemente envolvido na campanha de Carlos Veiga, também afirma que agora se deve esquecer a campanha eleitoral.
Árbitro imparcial
"A campanha já passou e os cabo-verdianos fizeram a sua escolha; Já tive a oportunidade de felicitar José Maria Neves, agora é focar no essencial e trabalharmos em conjunto”, diz Correia e Silva.
Carlos Veiga, que perdeu a sua terceira vez eleição presidencial, diz também “agora é tempo de todos, sem excepção, unirmosesforços na promoção do bem do país e recuperação dos rendimentos das famílias”.
Veja Também Cabo Verde: acabou a campanha para as Presidenciais dominada por candidatos apoiados por partidos“É tempo de interiorizamos a convicção de que a nossa histórianão depende de alguns, mas sim de todos nós, daí a necessidade de união, como defendi na campanha," frisa Veiga.
Nas suas primeiras declarações, José Maria Neves prometeu ser “um árbitro imparcial, um fiscalizador da acção governamental, um presidente queirá sugerir e dar todo o apoio aoGoverno”.