O político e advogado, Carlos Veiga, vai passar o testemunho, após dirigir o partido nos últimos três anos.
Em Cabo Verde, o Movimento para a Democracia (MPD) realiza este fim-de-semana a Convenção Nacional, evento que servirá para debater um conjunto de questões sobre a vida interna do partido e do país e também para empossar o novo líder do partido Ulisses Correia e Silva, eleito nas directas do MPD.
O carismático político e advogado, Carlos Veiga, vai passar o testemunho, após dirigir o partido Ventoinha nos últimos três anos, período no qual perdeu as legislativas de 2011 e ganhou as autárquicas de 2012 e ajudou a eleger o novo presidente da república.
Carlos Veiga está ligado a vida política e activa do país desde a primeira república, vigência do partido único, em que desempenhou funções de procurador geral da república, director geral da administração interna e deputado independente na lista do PAICV até 1990.
Com a queda do artigo 4º da constituição vigente, abrindo caminho para o pluralismo democrático, Carlos Veiga ajudou a fundar o MPD – partido que liderou até 2000, desempenhando igualmente as funções de primeiro-ministro.
Em 2011, Veiga entrava na corrida presidencial, tendo sido derrotado por Pedro Pires, situação que se repetiu nas eleições de 2006.
A partir desse período Carlos Veiga desligava-se da vida política activa, regressando em 2011 para tentar ajudar o MPD a chegar ao poder central, o que não aconteceu, já que o PAICV renovava o mandato.
Agora Carlos Veiga deixa a liderança do MPD, afirmando que sai orgulhoso do seu percurso político pelo contributo dado em prol do país e que deixa o Movimento para a Democracia mais coeso, preparado para assumir os desafios que se colocam ao país, já pretende regressar ao poder nas legislativas de 2016.
Ao longo dos três anos e poucos de liderança do MPD e enquanto deputado, Carlos Veiga tem sido uma voz critica das politicas e acções do Governo do PAICV, que segundo o entrevistado da VOA, vem conduzindo o país para o caminho errado.
Carlos Veiga defende a adopção de políticas como a redução da carga fiscal, a privatização de algumas empresas como portuárias, transportes aéreos, energia e água, permitindo o crescimento da economia e a consequente criação de empregos, com reflexos positivos na vida dos cidadãos.
O código laboral merece igualmente reparo de Carlos Veiga, que defende mudanças nesse sector.
Para Veiga, as reformas económicas são a chave, afirmando que o MPD se mostra aberto e disponível para ajudar Cabo Verde a sair da situação em que se encontra.
No que se refere à bipolarização política do país, já que a UCID conta apenas dois deputados na assembleia nacional dominado pelo PAICV e MPD, Carlos Veiga não sabe se isso prejudica a consolidação da vida democrática do arquipélago.
O antigo primeiro-ministro e candidato presidencial cita exemplos dos Estados Unidos e outros países também bipolarizados, mas em que o sistema funciona. Carlos Veiga entende que cabe aos partidos se abrirem à sociedade, mas não acha que a criação de mais partidos possa melhorar ou piorar o sistema democrático.
Quanto ao seu futuro político, Carlos Veiga diz que vai continuar a ser militante activo do MPD, pronto para ajudar no for preciso, mas descarta a possibilidade de voltar a se candidatar às eleições presidenciais, embora diga que “o futuro a Deus pertence”.
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O carismático político e advogado, Carlos Veiga, vai passar o testemunho, após dirigir o partido Ventoinha nos últimos três anos, período no qual perdeu as legislativas de 2011 e ganhou as autárquicas de 2012 e ajudou a eleger o novo presidente da república.
Carlos Veiga está ligado a vida política e activa do país desde a primeira república, vigência do partido único, em que desempenhou funções de procurador geral da república, director geral da administração interna e deputado independente na lista do PAICV até 1990.
Com a queda do artigo 4º da constituição vigente, abrindo caminho para o pluralismo democrático, Carlos Veiga ajudou a fundar o MPD – partido que liderou até 2000, desempenhando igualmente as funções de primeiro-ministro.
Em 2011, Veiga entrava na corrida presidencial, tendo sido derrotado por Pedro Pires, situação que se repetiu nas eleições de 2006.
A partir desse período Carlos Veiga desligava-se da vida política activa, regressando em 2011 para tentar ajudar o MPD a chegar ao poder central, o que não aconteceu, já que o PAICV renovava o mandato.
Agora Carlos Veiga deixa a liderança do MPD, afirmando que sai orgulhoso do seu percurso político pelo contributo dado em prol do país e que deixa o Movimento para a Democracia mais coeso, preparado para assumir os desafios que se colocam ao país, já pretende regressar ao poder nas legislativas de 2016.
Ao longo dos três anos e poucos de liderança do MPD e enquanto deputado, Carlos Veiga tem sido uma voz critica das politicas e acções do Governo do PAICV, que segundo o entrevistado da VOA, vem conduzindo o país para o caminho errado.
Carlos Veiga defende a adopção de políticas como a redução da carga fiscal, a privatização de algumas empresas como portuárias, transportes aéreos, energia e água, permitindo o crescimento da economia e a consequente criação de empregos, com reflexos positivos na vida dos cidadãos.
O código laboral merece igualmente reparo de Carlos Veiga, que defende mudanças nesse sector.
Para Veiga, as reformas económicas são a chave, afirmando que o MPD se mostra aberto e disponível para ajudar Cabo Verde a sair da situação em que se encontra.
No que se refere à bipolarização política do país, já que a UCID conta apenas dois deputados na assembleia nacional dominado pelo PAICV e MPD, Carlos Veiga não sabe se isso prejudica a consolidação da vida democrática do arquipélago.
O antigo primeiro-ministro e candidato presidencial cita exemplos dos Estados Unidos e outros países também bipolarizados, mas em que o sistema funciona. Carlos Veiga entende que cabe aos partidos se abrirem à sociedade, mas não acha que a criação de mais partidos possa melhorar ou piorar o sistema democrático.
Quanto ao seu futuro político, Carlos Veiga diz que vai continuar a ser militante activo do MPD, pronto para ajudar no for preciso, mas descarta a possibilidade de voltar a se candidatar às eleições presidenciais, embora diga que “o futuro a Deus pertence”.