O primeiro-ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário, disse que o país está a receber apoio militar de países vizinhos e membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), que estão a ajudar no combate ao terrorismo em Cabo Delgado.
Ao falar no Parlamento nesta quarta-feira, 21, Rosário não quis ser específico, alegando tratar-se de matérias sensíveis e do fórum militar.
Veja Também CIP diz que Governo deve preparar-se para tentativas de renegociação de contratos de gás em Cabo Delgado“Não se pode perder de vista que alguns desses domínios de apoio e assistência ao combate ao terrorismo são de carácter militar. Por isso, o tratamento deste tipo de matérias sensíveis é geralmente reservado às Forças de Defesa e Segurança", disse.
Os dados surgem numa altura em que informações de fontes internacionais indicam que o Zimbabwe designou um contingente militar para integrar a frente de combate, na chamada Frente Operacional Norte, que está sob ameaça constante de grupos terroristas.
Veja Também Governo anuncia criação de 21 aldeias para deslocados em Cabo Delgado, mas há muitas reservasSem fazer qualquer confirmação, o primeiro-ministro limitou qualquer possibilidade de questionamentos parlamentares.
“Apelamos para que essa nossa abordagem seja compreendida por Vossas Excelências como uma prudência necessária no tratamento de assuntos de carácter militar”, concluiu.
O líder da Renamo, Ossufo Momade, veio esta semana a público defender que o Governo deve, de forma imediata, abrir-se para receber apoio militar directo no terreno, apontando países como a África do Sul, o Botswana ou o Zimbabwe, como os que têm capacidades para ajudar.
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