Cabo Delgado: Militares do Botsuana iniciam retirada da força da SADC da província

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Botswana soldiers board a Botswana Defence Force plane to Mozambique, 26 julho 2021, (Mqondisi Dube/VOA)

Processo da saída da MIssão da SADC (SAMIM) deve estar concluído em julho

A Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMIM) começou a deixar a província moçambicana de Cabo Delgado, um processo que se estenderá até ao mês de julho.

O primeiro contingente a sair é a do Botsuana, que iniciou a sua retirada na sexta-feira, 5, de acordo com um comunicado, com data de 7 de abril, daquele comando.

"O contingente a retirar foram os elementos do contingente do Botseana de Cabo Delgado em Moçambique", lê-se no comunicado, que se refere à despedida com a presença do chefe da SAMIM, Shikongo Shikongo, entre outros responsáveis militares.

Na ocasião, o chefe interino da SAMIM e Comandante da Força, segundo a nota, "fez um discurso de despedida e agradeceu a todos que contribuíram para a missão".

Entre outras realizações do mandato do SAMIM, "o contingente do Botsuana participou em operações ofensivas para neutralizar os terroristas e realizou projetos de impacto rápido", o que, permitiu, ainda segundo o comunicado, que "um número significativo de Pessoas Deslocadas Internamente (PDI) regressassem à sua vida normal".

A força da SADC está em Cabo Delgado desde meados de 2021 e deverá deixar a região, na totalidade, até julho.

A força é intregrada por militares de Angola, Botsuana, República Democrática do Congo, Lesoto, Maláui, África do Sul, República da Tanzânia e Zâmbia.

Recorde-se que, a 26 de maçro, o Governo moçambicano assumiu que a condição atual da guerra contra rebeldes na província de Cabo Delgado justifica a saída daquela missão militar.

As forças da SADC foram enviadas para Cabo Delgado para ajudar as Forças Armadas de Moçambique a combater a insurgência ligado ao grupo Estado Islâmico que assolada a província desde outubro de 2017.

Desde então, mais de quatro mil pessoas foram mortas e cerca de um milhão foram deslocadas e muitas infraestruturas destruídas.

Apesar do Governo ter indicado que muitas pessoas regressaram às suas zonas de residência e que a inusrgência limita-sea pequenos bolsões, mais de 100 mil pessoas foram obrigadas a fugir das suas casas em fevereiro e março devido a vários ataques.