O Comandante do Exército moçambicano, Cristóvão Chume, diz que o principal líder dos jihadistas em Cabo Delgado, Bonomade Machude Omar, vai ser capturado vivo ou morto.
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Mas alguns analistas consideram que isso pode não significar o fim da insurgência.
Veja Também Departamento de Estado classifica de terrorista alto dirigente do Estado Islâmico em MoçambiqueMachude Omar lidera os departamentos de Assuntos Militares e Externos do ISIS-Moçambique e actua como comandante sénior e coordenador principal de todos os ataques realizados pelo grupo em Cabo Delgado, bem como facilitador principal e canal de comunicação para o grupo.
Veja Também Tomada de Mocímboa da Praia é estratégica, mas há o risco de guerrilha, dizem analistasO Comandante Chume, segundo a Rádio Moçambique, falava na vila de Mocímboa da Praia, recentemente recuperada da ocupação jihadista por forças moçambicanas e ruandesas.
"Nós sabemos que ele está vivo e encontra-se nesta área de operações do teatro operacional de Mocímboa da Praia, em Cabo Delgado; temos a certeza de que se ele não morrer em combate, há-de ser capturado".
Desactivar o grupo
Chume realçou que as forças moçambicanas e ruandesas vão continuar a fazer o trabalho de inteligência, anotando que "nos últimos dias, Bonomade Machude Omar tem perdido alguns homens de grande importância que o protegiam".
Veja Também Estudo do CIP revela que a insurgência triplicou os gastos de defesa e segurança em MoçambiqueO oficial do exército moçambicano referiu ainda que alguns dos colaboradores do líder jihadista foram "foram capturados e estão a cooperar".
Entretanto, para o sociólogo Moisés Mabunda, "se calhar, matar Machude não há-de ser solução, o mais importante era desactivar todo o grupo".
Por seu turno, o analista politico Tomás Rondinho, acha que "se se tratar de uma organização com princípios, com a captura do líder, pode enfraquecer-se, mas isso não significa que seja o fim".