O distrito de Quissanga, em Cabo Delgado, foi tomado de assalto por homens armados, na madrugada desta quarta-feira, 25, reporta a imprensa moçambicana e intermacional.
“Quissanga-sede está em fogo. Todas as pessoas fugiram. Alguns estão nas ilhas e outros no mar,” disse uma das testemunhas à publicação MOZ24 Horas.
Consta que elementos do grupo localmente designado Al Shabab escalaram Comando da Polícia, onde tiraram uma fotografia exibindo uma bandeira com escritas em árabe, e descrita como do Estado Islâmico.
Na fotografia, tais elementos, em uniforme militar e mascarados, exibem armas de guerra.
O ataque ocorreu numa altura em que aparentemente a vila tinha pouca gente, escreve o serviço “Mozambique News Reports and Clippings’, que acrescenta que a situação deve-se ao facto de muitos terem fugido de ameaças para Ibo ou Pemba.
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Este ataque acontece depois de, na segunda-feira, 23, a vila de Mocímboa da Praia ter sido ocupada temporariamente por um grupo, que vandalizou infraestruturas e viaturas e também exibiu bandeiras do Estado Islâmico.
O ataque de segunda-feira foi hoje reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico, que disse que “os soldados do califado atacaram cinco posições de elementos do exército e polícia moçambicanos em Mocímboa da Praia".
O grupo diz ter morto dezenas de pessoas e apreendido armas.
As autoridades de Maputo admitiram a ocorrência do ataque de segunda-feira. Em relação ao desta quarta-feira, ainda não se pronunciaram.
Grupos que estudam a insurgência em Cabo Delgado apresentam um número de mortes que varia de 350 a 900 pessoas desde o início de ataques em 2017.
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