Cabo Delgado: Director da OIM, António Vitorino, pede apoio internacional para os deslocados de guerra

Metuge,Centro Agrário de Napala. Distribuição de alimentos por PMA a deslocados da insurgência em Cabo Delgado.

Governo não aconselha o regresso de deslocados à origem

O director-geral da Organização Internacional para as Migrações (OIM), António Vitorino, terminou, quarta-feira, 18, a visita que vinha efectuando a Moçambique, e descreveu como crítica a situação dos deslocados de guerra em Cabo Delgado.

Ele esteve esta terça-feira, 17, em Cabo Delgado, e pediu à comunidade internacional e ao Estado moçambicano, para tudo fazerem para minimizar o sofrimento das vítimas da guerra, que necessitam de alimentos, abrigo e de alguns serviços básicos.

"É necessária uma intervenção mais robusta da comunidade internacional, porque as necessidades no terreno implicam o reforço do financiamento desta comunidade", defendeu o director-geral da OIM.

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Para a OIM, é necessária uma abordagem que, segundo António Vitorino, vá além da assistência aos deslocados de guerra; que tenha a conta a sua vida após o regresso aos seus locais de origem.

Insegurança

"Nós somos muito claros; o regresso tem que estar ligado com o progresso consolidado na garantia da paz e segurança; e para que as pessoas possam regressar aos seus locais de origem e retomar as suas vidas, é necessário reconstruir as infraestruturas destruídas," realçou Vitorino.

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Entretanto, o governador provincial de Cabo Delgado, Valige Tauabo, em declarações à Rádio Moçambique, disse que o Governo não está em condições de aconselhar as pessoas a regressarem aos locais donde fugiram por causa da guerra, porque é necessário criar condições para que isso possa ocorrer.

A OIM diz que vai dar todo o apoio aos esforços para restabelecer as condições no conjunto de povoações que foram atacadas, de que é exemplo a recente retomada de Mocímboa da Praia, depois de Palma.