Alguns membros da sociedade civil de Cabinda condicionam a sua participação no registo eleitoral a um esclarecimento do Governo angolano sobre o valor do Memorando de Entendimento para Cabinda.
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O Governo diz que todos os cidadãos de Cabinda ao Cunene devem registar-se para as eleições gerais em Angola.
O advogado de vários activistas que têm sido presos em Cabinda, Arão Tempo, pediu ao Governo que explique o real valor do Estatuto Especial para Cabinda para que os cidadãos possam tomar uma posição em relação às eleições gerais de Angola.
''O Governo reconheceu as especificidades do povo de Cabinda e assinou um memorando de entendimento mas agora nas eleições em 2017, em quem é que os cabindas devem votar, para cumprimento do seu estatuto especial?'' interrogou.
Alguns activistas e a Associação do Desenvolvimento da Cultura e dos Direitos Humanos de Cabinda exigem a presença na província do secretário de Estado para os Direitos Humanos, Bento Bembe, caso contrário não participam nas eleições.
''É necessário que o senhor Bento Bembe, despido do seu cargo governativo, venha a Cabinda explicar ao povo qual a importância do estatuto especial para Cabinda que ele assinou, para saber se vamos participar nestas eleições ou não”, disse uma fonte da organização.
“Temos que saber se estas especificidades representa o quê, para entendermos porquê que temos que votar'', acrescentou.
O secretário de estado para os Direitos Humanos Bento Bembe esclareceu ao telefone que todos os cidadãos de Cabinda devem participar no registo eleitoral.
''O estatuto especial para Cabinda não torna a província uma parcela fora de Angola, não separa Cabinda do país, o processo eleitoral é nacional e toda gente tem que fazer o registo eleitoral de Cabinda ao Cunene'', concluiu.