Activistas cabindeses detidos e espancados

Soldados em Cabinda

As autoridades policiais de Cabinda, até agora, não admitiram oficialmente as detenções

Continuam detidos e sem julgamento activistas cabindenses, detidos terça-feira quando tentavam avistar-se com uma missão diplomática da União Europeia.

De acordo com Marcos Mavungo, vice-presidente da extinta Mapalabanda, há uma pessoa dada como desaparecida - Eduardo Agostinho Gomes. As autoridades policiais de Cabinda, até agora, não admitiram oficialmente a detenção daqueles activistas. Mavungo adianta que dois detidos foram violentamente espancados, encontrando-se um deles (André Vítor Gomes) em estado grave.

Aquele activista cabindense disse à Voz da América que não foi possível um encontro com a missão diplomática da União Europeia que se deslocou a Cabinda para se inteirar da situação naquele enclave.

Marcos Mavungo frisou que, na agenda inicial dos diplomatas europeus, estavam incluidos contactos não só com representantes do governo de Cabinda, mas também com as autoridades tradicionais e com os activistas do Direitos Humanos. Segundo Mavungo, o governo impediu todos os contactos com os activistas dos Direitos Humanos.

Entretanto, em Luanda, pela primeira vez, três figuras públicas naturais de Cabinda mantiveram um debate sobre o alcance do memorando de entendimento para o enclave, assinado faz seis anos, no próximo mês de Agosto. O debate foi promovido pelo Forum Cabindês para o Diálogo, juntando o activista cívico Marcos Mavungo, o professor da Universidade Lusíada de Angola, Miguel Bembe, e o regedor de Cabinda Simão Congo.

Clique no canto suprior direito desta págima para ouvir Marcos Mavungo e o debate do Forum Cabindês para o Diálogo.