O Presidente do Burundi, Pierre Nkurunziza, poderá ganhar um controverso terceiro mandato nas eleições de hoje, que foram boicotadas pela oposição.
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As eleições tiveram lugar, apesar de meses de protestos contra o governo e apelos da comunidade internacional para o presidente se afastar.
O Departamento de Estado americano disse que ao realizar eleições em tal ambiente, o governo do Burundi corre o risco de perder legitimidade perante o seu povo.
Os Estados Unidos irão analisar aspectos das relações com o Burundi, que ainda não estão suspensas, e poderá impor restrições de vistos para os promotores da violência, adverte o departamento.
Críticos dizem que Nkurunziza não é elegível a mais um mandato, mas o Tribunal Constitucional do Burundi decidiu a favor, considerando que no primeiro mandato ele foi escolhido pelos legisladores, e não pelo voto popular.
Nkurunziza, de 51 anos, é presidente deste país de 10 milhões de habitantes desde 2005.
A contestação das eleições provocou violentos protestos. Na noite de segunda-feira, na noite capital, Bujumbura, ocorreram explosões e disparos, e, pelo menos, duas pessoas perderam a vida, um dele polícia.
Nos últimos meses, dezenas de pessoas perderam a vida nas manifestações. Mais de 170 mil fugiram do país para a Tanzânia, Ruanda e República Democrática do Congo.
Durante as eleições, o ambiente foi calmo, com uma forte presença policial e poucos votantes. Testemunhas dizem que os postos de votação da vila de Buye, terra natal de Nkurunziza, registaram alguma enchente.
Mesmo tendo Nkurunziza como único candidato, a comissão de eleições não sabe quando é que os resultados serão anunciados.