O auto-proclamado lider militar do Burkina Faso o Capitão Ibrahim Traoré aceitou a demissão condicional proposta pelo presidente Paul-Henri Damiba para se evitar mais derramamento de sangue na sequência do golpe de estado de sexta-feira, disseram autoridades tradicionais e religiosas.
Traore disse que a ordem estava a ser restaurada após violentas manifestações contra a embaixada francesa e dias de combates após a sua facção militar ter derrubado o governo .
Vídeos nas redes sociais mostram soldados em veículos blindados acenando bandeiras da Rússia enquanto multidões gritavam “Rússia! Rússia!”.
Traore apelou à população para não atacar a embaixada francesa que foi alvo dos manifestantes após um oficial do exército ter afirmado que Damiba se havia refugiado numa base militar francesa na região de onde planeava uma contra-ofensiva.
Isso foi negado pela França.
“Queremos informar a população que a situação está controlada e a ordem está a ser restaurada”, disse um oficial do exército numa declaração transmitidida pela televisão nacional.
Traore estava ao lado do oficial ladeado por dois soldados armados e mascarados.
Uma outra declaração disse que Traore continuará como presidente até à designação de um presidente de transição civil ou militar nos próximos dias.
Damiba tinha ele próprio subido ao poder no inicio do ano num golpe de esado que derrubou um governo civil que tinha perdido apoio devido ao aumento de ataques por rebeldes islâmicos