Defensora oficiosa do antigo chefe da marinha guineense recusa comentar o processo e diz que depois da audiência segue-se a fase de apreciação de provas
BISSAU —
Os guineenses assistiram hoje com alguma expectativa o início júridico do julgamento do contra-almirante, José Américo Bubo Na Tchutu, preso pelas autoridades americanas, sob acusação de envolvimento no tráfico internacional de droga, de armas e de ter assassinado um agente norte-americano.
Basta dizer que os contornos da apreensão e julgamento de Bubo Na Tchutu prometem apresentar perspectivas e um quadro de crispação interna muito preocupante.
Isto, dias depois do Ministro do Interior, António Suca Ntchama, ter exonerado o Director dos Serviços de Informação do Estado, Serifo Mane, cujas relações não têm sido boas nos últimos tempos, conforme informações apuradas pela Voz de América.
Nada ainda se sabe sobre as razões profundas da demissão de Serifo Mane. Mas, verdade é que muitas vozes, dentro do Governo e de outras estruturas do poder, têm questionado de como é possível que agentes americanos desenvolveram e executaram uma operação desta magnitude, a de apreensão de Bubo Na Tchutu, sem que seja do conhecimento dos serviços da inteligência guineense.
Aliás, dentro das estruturas militares, há quem defenda que os americanos tiveram um empurrãozinho e colaboração de alguém em virtude das divergências que Na Tchutu apresentava com algumas altas patentes da estrutura militar guineense.
Em face ainda deste cenário, envolvendo o Presidente de Transição e o Chefe do Governo, ambos citados pelas agências internacionais, informações disponíveis indicam que o Estado-maior General das Forças Armadas emitiu um despacho, no qual proíbe a deslocação de qualquer oficial militar para o interior ou exterior do país, sem a autorização prévia do Ministro da Defesa, e no caso de oficiais paramilitares, sem a autorização do titular do Interior. Esta medida, considerado de sobreaviso, propõe conter prováveis ou eventuais detenções de mais outros possíveis visados militares ou paramilitares, tal como aconteceu ao almirante José Américo Bubu Na Tchtu.
De referir, entretanto, que o Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação do Governo de Transição, Faustino Fudut IMBALI, encontra-se em Dakar, Capital senegalesa, devendo seguir mais tarde para a Costa do Marfim e a Nigéria.
Aos jornalistas, afirma que a viagem visa informar da situação política vigente, sobretudo quando o país está na fase final do seu período de transição e quando o processo da reforma no sector da defesa e segurança entra numa etapa de execução, sob financiamento da CEDEAO.
Fudut Imbali é portador de uma mensagem do Presidente de Transição, Manuel Serifo NHAMADJO, aos seus homólogos, isto numa altura em que o próprio chefe de Estado de Transição é citado como uma das figuras supostamente envolvidas com o mundo de narcóticos, nomeadamente na aludida operação que resultou na captura de Bubu Na Tchutu.
E, justamente, sobre este particular, o titular da pasta dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, "não tem dúvidas que tudo não passa de insinuações e que estas mesmas informações são falsas e sem fundamento", fim de citação.
Basta dizer que os contornos da apreensão e julgamento de Bubo Na Tchutu prometem apresentar perspectivas e um quadro de crispação interna muito preocupante.
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Isto, dias depois do Ministro do Interior, António Suca Ntchama, ter exonerado o Director dos Serviços de Informação do Estado, Serifo Mane, cujas relações não têm sido boas nos últimos tempos, conforme informações apuradas pela Voz de América.
Nada ainda se sabe sobre as razões profundas da demissão de Serifo Mane. Mas, verdade é que muitas vozes, dentro do Governo e de outras estruturas do poder, têm questionado de como é possível que agentes americanos desenvolveram e executaram uma operação desta magnitude, a de apreensão de Bubo Na Tchutu, sem que seja do conhecimento dos serviços da inteligência guineense.
Aliás, dentro das estruturas militares, há quem defenda que os americanos tiveram um empurrãozinho e colaboração de alguém em virtude das divergências que Na Tchutu apresentava com algumas altas patentes da estrutura militar guineense.
Em face ainda deste cenário, envolvendo o Presidente de Transição e o Chefe do Governo, ambos citados pelas agências internacionais, informações disponíveis indicam que o Estado-maior General das Forças Armadas emitiu um despacho, no qual proíbe a deslocação de qualquer oficial militar para o interior ou exterior do país, sem a autorização prévia do Ministro da Defesa, e no caso de oficiais paramilitares, sem a autorização do titular do Interior. Esta medida, considerado de sobreaviso, propõe conter prováveis ou eventuais detenções de mais outros possíveis visados militares ou paramilitares, tal como aconteceu ao almirante José Américo Bubu Na Tchtu.
De referir, entretanto, que o Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação do Governo de Transição, Faustino Fudut IMBALI, encontra-se em Dakar, Capital senegalesa, devendo seguir mais tarde para a Costa do Marfim e a Nigéria.
Aos jornalistas, afirma que a viagem visa informar da situação política vigente, sobretudo quando o país está na fase final do seu período de transição e quando o processo da reforma no sector da defesa e segurança entra numa etapa de execução, sob financiamento da CEDEAO.
Fudut Imbali é portador de uma mensagem do Presidente de Transição, Manuel Serifo NHAMADJO, aos seus homólogos, isto numa altura em que o próprio chefe de Estado de Transição é citado como uma das figuras supostamente envolvidas com o mundo de narcóticos, nomeadamente na aludida operação que resultou na captura de Bubu Na Tchutu.
E, justamente, sobre este particular, o titular da pasta dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, "não tem dúvidas que tudo não passa de insinuações e que estas mesmas informações são falsas e sem fundamento", fim de citação.