24 de agosto (Reuters) - O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta quinta-feira que os países do BRICS receberão mais membros, que serão escolhidos de acordo com sua importância geopolítica e não com a ideologia dos seus governos.
Na sua cimeira em Joanesburgo, os cinco países BRICS - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - decidiram juntar a Arábia Saudita, o Irão, a Etiópia, o Egipto, a Argentina e os Emirados Árabes Unidos, uma medida que visa aumentar a influência do bloco das principais economias emergentes.
“O que importa não é quem governa, mas a importância do país”, disse Lula numa conferência de imprensa antes de deixar a África do Sul.
“Não podemos negar a importância geopolítica do Irão e de outros países que irão aderir ao BRICS”, acrescentou.
Espera-se que a expansão abra caminho para que dezenas de outros países procurem a admissão no grupo, à medida que impulsiona o reequilíbrio da ordem mundial prevalecente.
Lula disse que o Brasil apoiará a entrada de Nigéria, Angola, Moçambique e República Democrática do Congo.
Mais de 40 países manifestaram interesse em aderir aos BRICS e 22 pediram formalmente para serem admitidos no grupo que hoje representa cerca de 40% da população mundial e um quarto do produto interno bruto global.
Lula sugeriu que uma reunião entre o grupo G7 das democracias mais ricas do mundo e as nações do BRICS seria um próximo passo importante.