O governo brasileiro não concordou sempre com Chávez, mas País reconhecia nele uma grande liderança
BRASIL —
Analistas não acreditam na piora das relações entre Brasil e Venezuela, após a morte do presidente Hugo Chávez, nessa terça-feira, 5.
Para o professor de política internacional, Davidson Belém Lopes, a morte do líder chavista não deve impactar no tratamento que os dois países mantém hoje.
“Essas relações ficaram mais fortes no governo Lula e agora, no Governo Dilma, aconteceu a entrada da Venezuela no Mercosul. Nesse nível, de relação de Estado para Estado, eu não acredito que haja desgaste ou prejuízo de parte a parte. Mesmo que oposição ganhe as eleições,” afirma.
“Afinal de contas, existe uma cadeia de relações comerciais, é uma dependência de parte a parte. A Venezuela é um país muito grande, o Brasil, maior ainda. São dois países com funções importantes no contexto da América do Sul,” completa.
Após as independências latino-americanas, o entendimento entre Brasil e Venezuela ficou muito limitado. Um clima de distanciamento imperou entre os dois países vizinhos. Após o golpe militar de 1964 no Brasil, por exemplo, a Venezuela rompeu relações diplomáticas o governo brasileiro.
A morte de Hugo Chávez acontece em um dos melhores momentos do trato entre os governos brasileiro e venezuelano. Isso depois de momentos de estranhamento, na história mais recente, por causa de posições divergentes. Momentos até muito tensos como quando o governo Chávez expulsou empresas brasileiras do país, no processo de nacionalização.
Na declaração, dada logo depois da morte de Hugo Chávez, a presidente brasileira Dilma lamentou e lembrou que nem sempre Hugo Chávez esteve afinado com o Brasil.
“O governo brasileiro não concordou inteiramente com o presidente Hugo Chávez, mas nós reconhecemos nele uma grande liderança, uma perda irreparável, sobretudo um amigo do Brasil. O presidente deixará no coração, na história e nas lutas da América Latina um vazio,” disse a presidente.
O governo brasileiro informou que apesar da morte de Chávez gerar dúvidas sobre o destino político da Venezuela, aposta na eleição do vice-presidente Nicolas Maduro para suceder Hugo Chávez.
De forma geral, no Brasil, além desse questionamento sobre os impactos nas relações dos brasileiros com os vizinhos, analistas levantam as dúvidas que têm sido debatidas no mundo inteiro, qual será o futuro do chavismo?
“A dúvida é se a morte de Hugo Chávez significa também a morte do chavismo. Se com a morte dele o movimento esquerdista, com certa característica populista, que não se restringe a Chávez,” questiona o professor Davidson Belém.
“O Chavismo é um movimento mais amplo que chega ao Equador, à Bolívia, à Argentina em alguns momentos. É importante se perguntar se esse movimento tem fôlego para ir adiante, ou se a morte significa uma espécie de pá de cal na esquerda latino-americana”.
Para o professor de política internacional, Davidson Belém Lopes, a morte do líder chavista não deve impactar no tratamento que os dois países mantém hoje.
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“Essas relações ficaram mais fortes no governo Lula e agora, no Governo Dilma, aconteceu a entrada da Venezuela no Mercosul. Nesse nível, de relação de Estado para Estado, eu não acredito que haja desgaste ou prejuízo de parte a parte. Mesmo que oposição ganhe as eleições,” afirma.
“Afinal de contas, existe uma cadeia de relações comerciais, é uma dependência de parte a parte. A Venezuela é um país muito grande, o Brasil, maior ainda. São dois países com funções importantes no contexto da América do Sul,” completa.
Após as independências latino-americanas, o entendimento entre Brasil e Venezuela ficou muito limitado. Um clima de distanciamento imperou entre os dois países vizinhos. Após o golpe militar de 1964 no Brasil, por exemplo, a Venezuela rompeu relações diplomáticas o governo brasileiro.
A morte de Hugo Chávez acontece em um dos melhores momentos do trato entre os governos brasileiro e venezuelano. Isso depois de momentos de estranhamento, na história mais recente, por causa de posições divergentes. Momentos até muito tensos como quando o governo Chávez expulsou empresas brasileiras do país, no processo de nacionalização.
Na declaração, dada logo depois da morte de Hugo Chávez, a presidente brasileira Dilma lamentou e lembrou que nem sempre Hugo Chávez esteve afinado com o Brasil.
“O governo brasileiro não concordou inteiramente com o presidente Hugo Chávez, mas nós reconhecemos nele uma grande liderança, uma perda irreparável, sobretudo um amigo do Brasil. O presidente deixará no coração, na história e nas lutas da América Latina um vazio,” disse a presidente.
O governo brasileiro informou que apesar da morte de Chávez gerar dúvidas sobre o destino político da Venezuela, aposta na eleição do vice-presidente Nicolas Maduro para suceder Hugo Chávez.
De forma geral, no Brasil, além desse questionamento sobre os impactos nas relações dos brasileiros com os vizinhos, analistas levantam as dúvidas que têm sido debatidas no mundo inteiro, qual será o futuro do chavismo?
“A dúvida é se a morte de Hugo Chávez significa também a morte do chavismo. Se com a morte dele o movimento esquerdista, com certa característica populista, que não se restringe a Chávez,” questiona o professor Davidson Belém.
“O Chavismo é um movimento mais amplo que chega ao Equador, à Bolívia, à Argentina em alguns momentos. É importante se perguntar se esse movimento tem fôlego para ir adiante, ou se a morte significa uma espécie de pá de cal na esquerda latino-americana”.