No encontro serão colocados desafios que todos os membros da CPLP enfrentam actualmente.
Empresários e representantes de entidades públicas e privadas dos oito membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) estão reunidos em Belo Horizonte, no Brasil, para debater os desafios económicos e empresariais e oportunidades de negócios.
A expectativa é reunir cerca de 1.200 convidados na cidade de Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais, sudeste brasileiro. Ministros do Brasil, Angola, Moçambique e Timor Leste estão entre os participantes que vão discutir o momento económico de cada nação e debater formas de facilitar o comércio entre os países.
No encontro serão colocados desafios que todos os membros da CPLP enfrentam hoje, cada um a sua maneira, nas áreas de tecnologia, sustentabilidade, empreendedorismo, inovação e gestão de recursos naturais.
O português, presidente da Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil Fernando Dias, fala da expectativa em torno do evento. ‘‘Se bem definirmos, esperamos muitos negócios. Temos representantes dos oito países e estamos com uma expectativa muito boa de realização de negócios em todos os sentidos’’, afirma.
Fernando Dias lembra que os países da CPLP trazem realidades diferentes para esse evento no Brasil.
‘‘Hoje, por exemplo, Portugal tem muita tecnologia a oferecer, muita mão-de-obra especializada disponível. Isso se junta a uma necessidade do Brasil que está buscando oportunidades para se expandir. Até para pequeno e médio empresário garantir para além Brasil, ir para o exterior. Portugal é um caminho para isso, está aberto para a comunidade europeia, são 500 milhões de consumidores’’, afirma
Por outro lado, segundo ele, temos uma África que está igual aos Brics. ‘‘Para o Brasil, a África portuguesa, como Angola e Moçambique, especialmente, é uma oportunidade tremenda porque lá a economia cresce em mais de 10 por cento ao ano e tem tudo a ser feito’’.
De acordo como os organizadores do encontro no Brasil é preciso chamar a atenção para a necessidade de estimular os negócios dentro da CPLP, já que os membros dessa comunidade não têm aproveitado de vantagens, como a língua em comum.
‘‘Dentro da CPLP somos 250 milhões de habitantes. Ainda está muito longe de chegarmos aos ideais. O que nós sabemos, principalmente, na área alimentar, comunicação, infra, serviços, são grandes demais os espaços que ainda existem’’.
Esses espaços existem, sobretudo, na África, ainda muito desconhecida, dos brasileiros, como lembra Fernando Dias.
‘‘ Temos que conhecê-la melhor, porque realmente é um continente que, ainda, nos remete á pobreza, mas não. São países que tem que se ocidentalizar, estão nesse caminho, dando esses sinais e nós temos que aproveitar esses momentos’’.
Para Fernando Dias, a maior prova de que países lusófonos, como o Brasil, perdem grandes oportunidades na África portuguesa é a grande presença dos chineses no continente. ‘‘Em Angola e Moçambique só se vê Chinês, muito mais do que qualquer povo ocidentalizado. O Chinês é um povo que busca oportunidade, ele arrisca. É um exemplo para mostrar que as oportunidades estão lá’’, afirma.
‘‘Quem é ambicioso tem que arriscar um pouco e tem que ir para a África. Logicamente, dependendo das circunstâncias de cada empresário. São países com certos problemas, realmente. Mas, são países que oferecem oportunidades’’, completa.
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No encontro serão colocados desafios que todos os membros da CPLP enfrentam hoje, cada um a sua maneira, nas áreas de tecnologia, sustentabilidade, empreendedorismo, inovação e gestão de recursos naturais.
O português, presidente da Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil Fernando Dias, fala da expectativa em torno do evento. ‘‘Se bem definirmos, esperamos muitos negócios. Temos representantes dos oito países e estamos com uma expectativa muito boa de realização de negócios em todos os sentidos’’, afirma.
Fernando Dias lembra que os países da CPLP trazem realidades diferentes para esse evento no Brasil.
‘‘Hoje, por exemplo, Portugal tem muita tecnologia a oferecer, muita mão-de-obra especializada disponível. Isso se junta a uma necessidade do Brasil que está buscando oportunidades para se expandir. Até para pequeno e médio empresário garantir para além Brasil, ir para o exterior. Portugal é um caminho para isso, está aberto para a comunidade europeia, são 500 milhões de consumidores’’, afirma
Por outro lado, segundo ele, temos uma África que está igual aos Brics. ‘‘Para o Brasil, a África portuguesa, como Angola e Moçambique, especialmente, é uma oportunidade tremenda porque lá a economia cresce em mais de 10 por cento ao ano e tem tudo a ser feito’’.
De acordo como os organizadores do encontro no Brasil é preciso chamar a atenção para a necessidade de estimular os negócios dentro da CPLP, já que os membros dessa comunidade não têm aproveitado de vantagens, como a língua em comum.
‘‘Dentro da CPLP somos 250 milhões de habitantes. Ainda está muito longe de chegarmos aos ideais. O que nós sabemos, principalmente, na área alimentar, comunicação, infra, serviços, são grandes demais os espaços que ainda existem’’.
Esses espaços existem, sobretudo, na África, ainda muito desconhecida, dos brasileiros, como lembra Fernando Dias.
‘‘ Temos que conhecê-la melhor, porque realmente é um continente que, ainda, nos remete á pobreza, mas não. São países que tem que se ocidentalizar, estão nesse caminho, dando esses sinais e nós temos que aproveitar esses momentos’’.
Para Fernando Dias, a maior prova de que países lusófonos, como o Brasil, perdem grandes oportunidades na África portuguesa é a grande presença dos chineses no continente. ‘‘Em Angola e Moçambique só se vê Chinês, muito mais do que qualquer povo ocidentalizado. O Chinês é um povo que busca oportunidade, ele arrisca. É um exemplo para mostrar que as oportunidades estão lá’’, afirma.
‘‘Quem é ambicioso tem que arriscar um pouco e tem que ir para a África. Logicamente, dependendo das circunstâncias de cada empresário. São países com certos problemas, realmente. Mas, são países que oferecem oportunidades’’, completa.