Os temas ainda devem impactar o 2014 dos brasileiros, ano de eleições presidenciais.
As manifestações, muitas violentas, que tomaram várias cidades do Brasil e as prisões dos envolvidos em um dos mais históricos escândalos de corrupção do país marcaram o ano dos brasileiros.
O 2013, considerado um marco na história do Brasil pelo grito que veio das ruas e a ida de nomes da política para a cadeia, já começou com uma tragédia.
No primeiro mês do ano, o Brasil chorou a morte de mais de 200 jovens no incêndio da boate Kiss, na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Depoimentos, como o da estudante Camila Garcês, mostraram o drama das vítimas do incêndio provocado por erros e imprudências, como apontaram as investigações. “O que eu vi lá não tem como descrever, sinceramente. Pessoas saindo queimadas, desmaiadas, muito feridas mesmo”, disse a sobrevivente.
Enquanto os brasileiros aguardavam o desfecho dos condenados por corrupção no escândalo conhecido como “mensalão” e começava a Copas das Confederações no Brasil, o país foi tomado por uma onda de manifestações.
Nas ruas, milhares de pessoas, algumas protagonizando atos de violência e vandalismo, gritaram contra a corrupção, a falta de políticas públicas e os gastos excessivos com os campenatos esportivos mundiais, como as copas das Confederações e a do Mundo.
“A gente cansou de ver corrupção, a gente cansou de ver a educação jogada no lixo,” afirmou um dos manifestantes. “Nós estamos revoltados com os gastos da Copa” explicou outro jovem. “A gente quer que os investimentos com os nossos impostos sejam feitos para nós,” pedia uma jovem de Minas Gerais.
Especialistas, como o sociólogo Flávio Sapori, lembram que a eclosão nas ruas em 2013, denominada de ”o gigante acordou”, entrou para a história.
“As lideranças estudantis não podiam imaginar que eles iam detonar uma errupção social, quase uma explosão vulcânica da sociedade braileira que estava contida. O Brasil não vai ser o mesmo depois disso”, declarou.
Quando os clamores ainda vinham das ruas brasileiras, o Papa Francisco chega ao Brasil, na primeira viagem ao exterior do novo chefe da igreja Católica.
Diante de milhares de jovens na Praia de Copacabana, o cartão postal do Brasil no exterior, Francisco pediu que os jovens do mundo inteiro, reunidos no Rio de Janeiro para a Jornada Mundial da Juventude, construam um mundo novo.
“O coração jovem quer construir um mundo melhor. Vocês são os construtores de uma igreja melhor e de um mundo melhor”, disse o Papa.
O balanço do 2013 no Brasil também destaca a aprovação da lei, considerada nova abolição da escravatura, que igualou os direitos dos trabalhadores domésticos, grande parte afrodescendentes, aos demais trabalhadores urbanos e rurais.
O ano foi marcado, ainda, pela decisão do governo brasileiro de retirar o termo “refugiado” do documento de identidade de quem está no Brasil fugindo de guerras e violações de direitos humanos em seus países.
Escândalos que abalaram o mundo, como o de espionagem americana, também sacudiram o Brasil. Em resposta as denúncias, a presidente Dilma Rousseff defendeu, na ONU, a soberania do Brasil, o direito á privacidade dos brasileiros e qualquer cidadão do mundo. “Jamais pode o direito à segurança dos cidadãos de um país ser garantido mediante a violação de direitos humanos e civis fundamentais dos cidadãos de outro país,” disse a presidente.
No fim do ano, a polícia federal brasileira desarticulou uma quadrilha que traficava brasileiras, das mais humildades às capas de revistas, para fins de prostituição em outros países. Como informou o delegado paulista Luis Tempestini, na liderança desta quadrilha estavam o brasileiro Wellington dos Santos, o Latino e o general angolano Bento dos Santos Kangamba, conhecido como ”Tio Bento”.
“O grande líder da organização criminosa era o Tio Bento. O grande executor era o brasileiro Latino, o Wellington dos Santos. Ele pedia para o Latino selecionar as mulheres e ele marcava os eventos em Portugal e Angola para que essas mulheres fossem exploradas,” explicou o delegado.
Mas, foi por causa das prisões que os brasileiros mais esperavam, dos envolvidos no escândalo do mensalão, que o povo nas ruas demonstrou verdadeiro sentimento de alívio. Entre os detidos estavam políticos do Partido dos Trabalhadores (PT), como José Genoíno, ex-presidente daquela força política, e José Dirceu, ministro do governo do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.
E, nos últimos dias de 2013, o governo brasileiro colocou fim a uma demanda que se arrastava há 10 anos. Preterindo as propostas francesa e americana, o Brasil anunciou a compra de aviões caças para a Forca Aérea Brasileira (FAB) dos suecos. Uma negociação que movimentou US$ 4,5 bilhões.
O 2013, considerado um marco na história do Brasil pelo grito que veio das ruas e a ida de nomes da política para a cadeia, já começou com uma tragédia.
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No primeiro mês do ano, o Brasil chorou a morte de mais de 200 jovens no incêndio da boate Kiss, na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Depoimentos, como o da estudante Camila Garcês, mostraram o drama das vítimas do incêndio provocado por erros e imprudências, como apontaram as investigações. “O que eu vi lá não tem como descrever, sinceramente. Pessoas saindo queimadas, desmaiadas, muito feridas mesmo”, disse a sobrevivente.
Enquanto os brasileiros aguardavam o desfecho dos condenados por corrupção no escândalo conhecido como “mensalão” e começava a Copas das Confederações no Brasil, o país foi tomado por uma onda de manifestações.
Nas ruas, milhares de pessoas, algumas protagonizando atos de violência e vandalismo, gritaram contra a corrupção, a falta de políticas públicas e os gastos excessivos com os campenatos esportivos mundiais, como as copas das Confederações e a do Mundo.
“A gente cansou de ver corrupção, a gente cansou de ver a educação jogada no lixo,” afirmou um dos manifestantes. “Nós estamos revoltados com os gastos da Copa” explicou outro jovem. “A gente quer que os investimentos com os nossos impostos sejam feitos para nós,” pedia uma jovem de Minas Gerais.
Especialistas, como o sociólogo Flávio Sapori, lembram que a eclosão nas ruas em 2013, denominada de ”o gigante acordou”, entrou para a história.
“As lideranças estudantis não podiam imaginar que eles iam detonar uma errupção social, quase uma explosão vulcânica da sociedade braileira que estava contida. O Brasil não vai ser o mesmo depois disso”, declarou.
Quando os clamores ainda vinham das ruas brasileiras, o Papa Francisco chega ao Brasil, na primeira viagem ao exterior do novo chefe da igreja Católica.
Diante de milhares de jovens na Praia de Copacabana, o cartão postal do Brasil no exterior, Francisco pediu que os jovens do mundo inteiro, reunidos no Rio de Janeiro para a Jornada Mundial da Juventude, construam um mundo novo.
“O coração jovem quer construir um mundo melhor. Vocês são os construtores de uma igreja melhor e de um mundo melhor”, disse o Papa.
O balanço do 2013 no Brasil também destaca a aprovação da lei, considerada nova abolição da escravatura, que igualou os direitos dos trabalhadores domésticos, grande parte afrodescendentes, aos demais trabalhadores urbanos e rurais.
O ano foi marcado, ainda, pela decisão do governo brasileiro de retirar o termo “refugiado” do documento de identidade de quem está no Brasil fugindo de guerras e violações de direitos humanos em seus países.
Escândalos que abalaram o mundo, como o de espionagem americana, também sacudiram o Brasil. Em resposta as denúncias, a presidente Dilma Rousseff defendeu, na ONU, a soberania do Brasil, o direito á privacidade dos brasileiros e qualquer cidadão do mundo. “Jamais pode o direito à segurança dos cidadãos de um país ser garantido mediante a violação de direitos humanos e civis fundamentais dos cidadãos de outro país,” disse a presidente.
No fim do ano, a polícia federal brasileira desarticulou uma quadrilha que traficava brasileiras, das mais humildades às capas de revistas, para fins de prostituição em outros países. Como informou o delegado paulista Luis Tempestini, na liderança desta quadrilha estavam o brasileiro Wellington dos Santos, o Latino e o general angolano Bento dos Santos Kangamba, conhecido como ”Tio Bento”.
“O grande líder da organização criminosa era o Tio Bento. O grande executor era o brasileiro Latino, o Wellington dos Santos. Ele pedia para o Latino selecionar as mulheres e ele marcava os eventos em Portugal e Angola para que essas mulheres fossem exploradas,” explicou o delegado.
Mas, foi por causa das prisões que os brasileiros mais esperavam, dos envolvidos no escândalo do mensalão, que o povo nas ruas demonstrou verdadeiro sentimento de alívio. Entre os detidos estavam políticos do Partido dos Trabalhadores (PT), como José Genoíno, ex-presidente daquela força política, e José Dirceu, ministro do governo do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.
E, nos últimos dias de 2013, o governo brasileiro colocou fim a uma demanda que se arrastava há 10 anos. Preterindo as propostas francesa e americana, o Brasil anunciou a compra de aviões caças para a Forca Aérea Brasileira (FAB) dos suecos. Uma negociação que movimentou US$ 4,5 bilhões.