O número de mortes no Brasil devido à Covid-19 ultrapassou o meio milhão neste sábado, 19, quando foram registados mais 2.247 mortos.
Os dados são do consórcio formado por oito meios de comunicação que utilizam dados fornecidos pelas secretarias de Saúde dos 26 Estados e do Distrito Federal, Brasília.
No total, o país tem, até hoje, 500.868 mortes e 17.881.045 casos.
O Brasil é o segundo país do mundo com mais mortes por Covid-19, depois dos Estados Unidos (601.500), e o terceiro com mais casos de infecção, depois dos EUA (33,5 milhões) e da Índia (29,8 milhões).
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, usou as redes sociais para lamentar a marca de 500 mil mortes.
"Presto minha solidariedade a cada pai, mãe, amigos e parentes que perderam seus entes queridos", escreveu o ministro do Twitter, sublinhando que “trabalha incansavelmente para vacinar todos os brasileiros no menor tempo possível e mudar esse cenário que nos assola há mais de um ano”.
O Presidente Jair Bolsonaro, que tem sido criticado pela oposição e pelos governadores, bem como por muitos sectores da sociedade civil, pelo seu posicionamento e discursos negacionistas em relação à Covid-19, prestou homenagem aos policias que procuram um assassino em série, sem fazer qualquer referência à pandemia.
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, escreveu que “em breve verão políticos, jornalistas, artistas lamentando as 500 mil mortes, mas nunca os verão comemorar as 86 mil doses de vacinas de doses aplicadas ou 18 milhões de pessoas curadas”.
Por seu lado, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, prestou solidariedade às famílias pelo Twitter.
"Meus sinceros sentimentos às 500 mil famílias brasileiras que perderam alguém para a Covid 19. Uma enorme tristeza nacional. Vamos manter o foco na prevenção e na vacina para todos", escreveu, enquanto senadores da oposição que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga a actuação do Governo , asseguraram, em nota, “que os responsáveis pagarão por seus erros, omissões, desprezos e deboches”.
“Não chegamos a esse quadro devastador, desumano, por acaso. Há culpados e eles, no que depender da CPI, serão punidos exemplarmente. Os crimes contra a humanidade, os morticínios e os genocídios não se apagam, nem prescrevem", diz a nota de pesar.
Protestos
Entretanto, milhares de brasileiros nos 26 Estados e do Distrito Federal saíram às ruas para protestar pacificamente a favor da vacinação, contra o Presidente brasileiro, a quem responsabilizam pelas mortes, que chamam de “genocídio”, e para pedir a impugnação de Jair Bolsonaro.
Não houve registos de distúrbios ou detidos.