As acções do banco português BPI foram suspensas no final da manhã desta quarta-feira, 2, depois de informações avançadas pela agência Bloomberg, ontem,terem indica que empresária angolana estaria a vender a sua participação naquele banco ao CaixaBank.
A decisão da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) de Portugal surge à valorização das acções do BPI em mais de 10 por cento, o que obrigaria ao lançamento de uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre o restante capital.
De acordo com a Bloomberg, Santos pretende vender aos espanhóis do CaixaBank os 18,58 por cento que tem no BPI através da Santoro Finance e os 2,28% detidos pelo Banco BIC.
O BPI encontra-se num impasse, com os dois maiores donos da instituição incapazes de chegar a uma solução para resolver o risco de exposição a Angola.
Enquanto isso, o Banco Central Europeu (BCE) determinou ao BPI que apresente uma proposta para reduzir essa exposição a Angola até ao dia 10 de Abril.
Caso contrário, de acordo com o Jornal de Negócios, de Portugal, o BCE diz que vai aplicar uma multa que pode chegar a 5 por cento do volume de negócios diário médio, cerca de 3,5 milhões de dólares.
Esta ameaça é uma forma de pressão para que o BPI e os seus acionistas – em particular Isabel dos Santos –, garantam uma resposta às exigências do BCE.