O julgamento, nesta terça-feira (6), de militares acusados de tentativa de Golpe de Estado de 1 de Fevereiro deste ano foi adiado, apurou a VOA junto de advogados de defesa.
“Foi o tribunal que nos comunicou sobre o cancelamento do julgamento”, disse um dos advogados dos 25 militares e alguns civis presos e suspeitos de envolvimento no ataque ao Palácio do Governo, em plena reunião do Conselho de Ministros.
No despacho judicial, a que tivemos acesso, o juiz do caso, João Gomes Cá, alega que o adiamento deve-se ao facto da “execução das obras que interditam o trânsito de todas as avenidas circundantes do tribunal”.
Mas uma fonte próxima ao processo disse que o caso poderá ser transferido para o Tribunal Militar, “devido à sua complexidade”.
Veja Também Presidente guineense condena sequestro de advogado de acusados na tentativa de golpe de EstadoNo dia 29 de novembro, os advogados de defesa interpuseram um requerimento junto ao Juiz da Vara Crime do Tribunal Regional de Bissau em que “ordenam a soltura de todos presos, com efeitos imediatos antes do julgamento", que estava previsto para iniciar esta terça-feira, 6.
No documento lê-se “que sejam cumpridos na íntegra os anteriores despachos (tanto do Ministério Público, assim como do JIC) que ordenaram a soltura e consequente alteração de medidas de coação”, alegando que está “ultrapassado o prazo da prisão preventiva previsto na lei”.
Um dos advogados do caso é Marcelino Intupe, cuja residência foi atacada, ontem a noite, por um grupo de homens armados, isto depois de ter acusado a segurança pessoal do Presidente da República, de o ter espancado no dia 29 de novembro na sua própria casa juntamente com a sua família.
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