Bissau Quer Estabilidade na Costa do Marfim

Bissau Quer Estabilidade na Costa do Marfim

A CEDEAO deve trabalhar para “evitar um banho de sangue” , diz Bacai Sanhá

Bissau,24 DEZ 2010 - Bissau está atenta a situação explosiva na Costa de Marfim. o presidente guineense - que hoje partiu para Abuja, capital da Nigéria, onde decorre a cimeira extraordinária de Chefes de Estado sobre a crise marfinense - defende que a CEDEAO deve trabalhar para “evitar um banho de sangue” naquele país. Um país que, para Bacai Sanhá, representa peso importante na Costa Oeste Africana, particularmente em termos financeiro e monetário.Preocupação manifestada pelo presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanha, antes de deixar o país rumo a Abuja, que acolhe a cimeira Extraordinária de Chefes de Estado da CEDEAO para analisar a situação na Costa do Marfim.

O presidente de Cabo Verde, Pedro Pires,também se deslocou à Nigéria para participar na cimeira extraordinária da CEDEAO.O Eugénio Teixeira diz nos que a sua partida Pedro Pires aproveitou para apelar à calma na resolução da crise.Uma crise despoletada com a segunda volta das presidenciais, tendo-se o presidente cessante,Laurent Gbagbo, considerado perdedor, recusado a aceitar a vitória de Alassane Ouattara, reconhecida pela Comunidade Internacional como o legítimo vencedor do escrutínio.
E, na cimeira desta sexta-feira, espera-se uma posição mais contundente dos Chefes de Estado da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental sobre o contexto político na Costa do Marfim.
Enquanto isso, reunidos ontem em Bissau para analisar implicações da situação política prevalecente na Costa do Marfim, estiveram os ministros das Finanças dos países que fazem parte da União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA) que se manifestaram preocupados com a crise vigente, assim como as suas consequências sobre a economia e o sistema bancário da União. Isto, quando dizem tomar em consideração as decisões das Nações Unidas, da União Africana e da CEDEAO, que reconheceram Alassane Outtara como Presidente legítimo da Costa do Marfim.
E, na perspectiva de assegurar a estabilidade e situação económica e monetária da União, o Conselho de Ministros decidiu que os representantes regularmente designados pelo Governo legítimo da Costa do Marfim estão habilitados a tomar medidas relativas ao funcionamento da União, tanto assim que deu instruções ao Banco Central dos Estados de África Ocidental (BCEAO) a permitir que estes representantes efectuem, em seus nomes, todas as movimentados bancárias. E mais, o Conselho de Ministros felicita o Governador do BCEAO, que marfinente,claro, pela forma como está a gerir a situação monetária e encoraja-o a continuar a tomar medidas necessárias visando a preservação de liquidez no seio da União, fim de citação.