O ministro angolano da Defesa, Cândido Van Dunen, defendeu em Bissau que os implicados na insurreição militar do dia 26 de Dezembro passado, devem ser punidos.
O oficial general angolano disse que os "insurrectos" devem ser punidos para "desencorajar aqueles que possam continuar na lógica de continuar a perturbar o processo de reforma das forças armadas guineenses".
O general Cândido Van-Dunen, na qualidade do emissário do presidente José Eduardo dos Santos, junto das autoridades guineenses, falava, sexta-feira, depois de reuniões separadas com representantes diplomáticos baseados em Bissau, entre os quais, os embaixadores de Portugal, Brasil e da Rússia, assim como o representante residente da CEDEAO, Anssumane Cissé.
Cissé, por sua vez, recordou que a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental já disponibilizou 23 milhões de dólares para o início da implementação do processo da reforma nos sectores da Defesa e Segurança no país. Um processo que está a ser acompanhado pelas Nações Unidas, através do seu escritório na Guiné-Bissau.
Foi nesta perspectiva que o ministro da Defesa de Angola manteve um encontro com Antero Lopes, chefe do Departamento da Reforma nos Sectores da Defesa e Segurança do UNIOGBIS.
À saída desta reunião,Lopes afirmou que as Nações Unidas,para além dos 16 milhões de dólares que já deu para o processo da reforma em curso, vai ainda garantir mais de três milhões de dólares para o fundo de pensão aos reformadosdas forças armadas.
Reforma nas Forças Armadas Guineenses dominam agenda da visita do Ministro da Defesa de Angola, enviado à Guiné-Bissau pelo presidente José Eduardo dos Santos. Cândido Van Dunen deve regressar sábado a Luanda.