Os bispos católicos criticaram hoje o Governo angolano por investirem em obras não duradouras. A crítica foi feita no final da segunda plenária da Conferência Episcopal de África e São Tomé que terminou hoje, 29.
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Na conferência de imprensa, os bispos começaram por aplaudir a realização do Censo Geral da população e, a propósito, sublinharam a assimetria que se regista entre ricos e pobres.
Na ocasião os líderes católicos criticaram o Governo angolano por aplicar recursos financeiros em obras de qualidade duvidosa e muitas vezes não concluídas, segundo o porta-voz da conferência, Dom Manuel Imbamba.
A conferência “contudo, lamenta os recursos financeiros que vão se aplicando em obras de qualidade duvidosa, muitas vezes nem concluídas”, disse Imbamba.
Os bispos angolanos também criticaram o cónego Apolónio Graciano pela sua postura de participar constantemente em actividades do MPLA, contrariando os postulados do Vaticano que desaconselham os padres a se envolverem directamente na política activa.
Apolónio Graciano foi recentemente integrado na caravana do chamado movimento nacional espontâneo, que tem desenvolvido inúmeras actividades de promoção da imagem do presidente angolano. Graciano chegou a ser um dos oradores numa cerimónia de exaltação e divulgação dos feitos de José Eduardo dos Santos em Benguela.
“A participação de um dos nossos sacerdotes de Luanda na campanha do movimento espontâneo criou algum embaraço, recebemos muitas cartas e muitos telefonemas por isso fizemos essa nota para esclarecer a opinião publica que não é essa a missão do sacerdote”, disse Dom José Manuel Imbamba porta-voz da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé, CEAST.
A segunda plenária anual dos bispos reconduziu o padre Quintino Candanji como director da Emissora Católica de Angola, a rádio Ecclésia.