Biden regista queda nas sondagens mas continua no comando

A pouco menos de três meses das eleições gerais americanas o candidato à presidência do partido Democrata, o ex vice-presidente Joe Biden, continua a comandar o apoio dos americanos, indicam as sondagens ao eleitorado.

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Biden cai nas sondagens mas continua no comando -4: 47

Contudo essas sondagens indicam haver uma queda nesse apoio, algo que analistas dizem se deve intensificar à medida que as eleições de 3 de Novembro se aproximam.

A nível global de todo o país, a média das sondagens dá a Biden uma vantagem muito confortável de 6,9%.

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Eleições Americanas: O que dizem as sondagens

Mas preocupante para os Democratas que acompanham o desenrolar da campanha é que isso é uma queda de três por cento desde 24 de Julho, confirmando aquilo que vários analistas vinham afirmando, nomeadamente que a luta se vai tornar mais renhida à medida que se aproxima o dia das eleições.

Biden continua também a ter vantagem nos estados considerados vitais para a maioria no colégio eleitoral como Wisconsin, Carolina do Norte, Flórida, Pensilvânia e Arizona.

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As sondagens indicam ainda que o partido Democrata poderá ganhar controlo do Senado dando-lhe a hipótese de controlar assim as duas câmaras legislativas e a presidência.

A pouco menos de três meses das eleições os Democratas querem que essas sondagens não se alterem. Mas quase três meses em política pode ser muito tempo e tudo pode mudar.

O presidente Trump deverá nas próximas semanas fazer uso dos distúrbios registados em cidades americanas culpando os democratas por isso. No fim-de-semana registou-se violência numa zona nobre de Chicago com pilhagens e confrontos com a polícia, enquanto em Portland se registaram também confrontos com manifestantes que pretendiam incendiar a sede do sindicato dos polícias.

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Trump numa conferência de imprensa fez notar que muitos Democratas têm apoiado manifestantes que exigem o fim do financiamento a departamentos da polícia.

“Na menor das hipóteses vão impedir que fundos sejam entregues aos departamentos da polícia mas em muitos casos querem na verdade retirar completamente todos os fundos aos departamentos da polícia”, disse o presidente para quem nesse caso “nenhuma cidade e nenhum subúrbio estariam seguros, seriam um desastre”.

“Eles querem que cada cidade seja uma Portland que seja como Chicago e tudo que é, é uma incompetência administrativa horrível por políticos que não sabem o que estão a fazer”, acrescentou.

Até agora o candidato Democrata pouco tem aparecido em público ou em entrevistas a jornalistas algo que se atribui a uma decisão de querer evitar-se que Biden – conhecido ao longo da sua carreira de cometer “gaffes” – faça comentários que lhe possam causar dissabores como aconteceu na semana passada quando o ex vice-presidente disse que “ao contrário da comunidade africano-americana a comunidade latina é muito diversa”. Isso levou a acusações de que Biden considera os negros americanos como todos iguais pensado da mesma maneira.

Por outro lado há acusações por parte dos republicanos de constantes indecisões por parte de Biden reflectindo-se isso no seu atraso na escolha de uma candidata à vice-presidência.

Hillary Clinton que foi derrotada por Donald Trump na últimas eleições disse a este respeito à cadeia de televisão MSNBC que as pessoas têm que compreender que é preciso fazer uma escolha acertada porque se trata de “uma eleição crítica”.

Clinton disse que o vice-presidente “tem boas escolhas” à sua frente “mas penso que as pessoas têm que compreender que estamos em luta contra uma pessoa que quer ser um autoritário, que já magoou os interesses do nosso país, as nossas instituições, o primado da lei”.

“Temos que derrotar Donald Trump e temos que fazer todo o possível para isso acontecer”, acrescentou.

Isso poderá ou não acontecer no próximo dia 3 de novembro e até lá é de prever uma luta renhida com os debates presidenciais a adivinharem-se como algo a não perder