As convenções dos dois principais partidos politicos dos Estados Unidos são de quatro em quatro anos uma festa de côr, música, negócios pequenos e grandes e também politica. Mas na verdade, pouco ou nenum impacto prático imediato têm porque a nomeação dos candidatos às eleicoes presidenciais já foi decidida em antemão nas eleições primárias.
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Muitos afirmam repetidamente que os partidos precisam mudar ou mesmo acabar com as convenções que, segundo dizem, não passam de um teatro político. Este ano, claro está, há modificaçõees, não devido a uma decisão política mas sim devido ao coronavírus.
A convenção do Partido Democrata iniciou-se nestra segunda-feira, 17, à noite. Tudo praticamente virtual.
Sem os milhares de delegados, jornalistas, convidados, sem cores, balões, e música de convenções do passado.
Mas a convenção dos democratas tem uma missão bem clara: projetar a imagem de Joe Biden e da candidata à vice-presidência Kamala Harris.
John Dickerson é um comentarista da cadeia de televisão CBS que nos diz qual é a imagem que Biden quer projectar àqueles que vão seguir a convençã ou pelo menos acompanha-la nos noticiários
"A mensagem de Joe Biden vai ser que ele pode construir as pontes para acabar com as divisões de um país fraturado”, disse Dicckerson para quem “a sua escolha de Kamala Harris, mais de 20 anos mais nova do que ele. é para servir de ponte para um futuro de uma América que se está a diversificar, com heranças mais mistas como a dela do que a América da juventude de Biden em Stranton, na Pensilvania, onde nasceu há 77 anos e que será parte da sua reintroduçao esta semana de um politico que está há 48 anos em cargos públicos”.
“Mas Biden vai também apresentar-se como uma ponte para o passado, um passado que respeitava a personalidade, honestidade e a contenção na Presidência”, acrescentou.
Os críticos afirmam que a imagem de unidade que os democratas vão querer apresentar sob o símbolo “Unir a América” não representa a realidade.
A comentarista Liz Peek, da cadeia de televisão Fox, fez notar que “os jovens eleitores negros, em particular não acompanham Joe Biden” e cita uma sondagem que indica que “apenas 42% dos democratas estão muito ou mais ou menos satisfeitos com a escolha dos candidatos este ano, o que é menos do que o apoio a Hillary Clinton em 2016”.
Crítica veio também do comentarista afro-americano do Wall Street Journal Jason Riley que disse que a escolha de Harris como candidata à vice-presidência indica que para muitos dentro do partido Democrata “a diversidade é o principio e o fim de tudo”.
É contudo de esperar que uma das maiores audiências desta convenção do Partido Democrata se registe na quarta-feira, 19, quando Kamala Harris efetuar o seu discurso de apresentação oficial.
A escolha de Harris causou alguma controvérsia.
Muito criticada durante a campanha pelos próprios D~democratas, ela foi agora alvo de criticas do Presidente Trump, que a acusou de mau caráter ou maldosa e isso levantou acusações de racismo contra o Presidente.
Chris Christie, antigo governador republicano de Nova Jersey, diz que isso não é importante porque as eleições não serão decididas com base de quem "e candidato à vice-presidência".
“Na verdade penso que isso é apenas o fenómeno desta semana”, disse Christie.
“Obviamente ela é esta semana a notícia da semana e o Presidente está a concentrar o seu fogo na notícia da semana, mas penso que isso vai mudar muito rapidamente quando pela primeira vez Joe Biden for colocado à frente e no centro das atenções”, acrescentou Christie, que. fez notar que até agora Biden tem estado praticamente ausente de qualquer campanha em gande escala,
“Não temos visto muito dele nos últimos tempos e ele estará na frente e no centro esta semana e penso que a partir desta semana o fogo será concentado em Joe Biden”, acrescentou o antigo governador republicano.
“Acredite em mim, Joe Biden vai olhar para esta semana como os bons velhos dias quando os outros estavam a disparar contra Kamala Harris. Não penso que isso vai continuar por muito tempo”, concluiu Christie em declarações à cadeia de televisão ABC
Na próxima semana, realiza-se a convenção do Partido Republicano e a partir de então o país entrará no período de fogo livre com ataques mútuos em todas as frentes