Biden diz estar convencido que Putin decidiu atacar a Ucrânia

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Joe Biden, Presidente dos EUA fala à nação na Casa Branca, 18 Fevereiro 2022

O Presidente americano disse que o seu homólogo russo, Vladimir Putin, decidiu invadir a Ucrânia, numa declaração à nação nesta sexta-feira, 18, a partir da Casa Branca

“Estou convencido de que ele tomou a decisão. Temos motivos para acreditar nisso”, disse Joe Biden que citou o bombardeio de um jardim de infância por combatentes apoiados pela Rússia na região de Donbas, como parte de uma estratégia para fomentar um “falso ataque” e em consequência invadir a Ucrânia.

“Tudo isso é consistente com a cartilha que os russos usaram antes para criar uma falsa justificativa para agir contra a Ucrânia”, acrescentou Biden, cujo Governo tem insistido nas últimas duas semanas sobre esses cenários de pretexto e “operações de bandeira falsa”.

Apesar da ideia fixa de Putin de atacar o seu vizinho, o Presidente americano afirmou que a diplomacia é “sempre uma possibilidade”.

Ele disse que, com base na “significativa capacidade de inteligência” dos EUA, ele tem motivos para acreditar que Putin ainda considerará a opção diplomática.

Biden apontou que houve um aumento nas violações do cessar-fogo no leste da Ucrânia e que isso pode servir de pretexto para uma invasão.

O discurso transmitido pela televisão a nível nacional foi o segundo do Presidente americano nesta semana sobre os esforços dos EUA para ajudar a evitar uma guerra.

Entretanto, também hoje, durante um encontro com a imprensa na Casa Branca, Anne Neuberger, vice-conselheira de segurança nacional para tecnologia cibernética e emergente, disse pela primeira vez que os EUA acreditam que Moscovo foi responsável pelos recentes ataques cibernéticos na Ucrânia.

“Acreditamos que o Governo russo é responsável por ataques cibernéticos em larga escala a bancos ucranianos nesta semana”, disse Neuberger, para quem “esta recente onda de ataques cibernéticos na Ucrânia é consistente com o que seria um esforço russo e lança as bases para ataques cibernéticos mais disruptivos que acompanham uma potencial invasão adicional do território soberano da Ucrânia”.