O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, manifestou na quarta-feira, 17, o seu forte apoio a uma maior ajuda militar à Ucrânia e a Israel, e à assistência humanitária aos palestinianos em Gaza, depois de o Presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, ter afirmado que a Câmara irá votar os pacotes de financiamento na noite de sábado.
Johnson hesitou durante semanas em convocar uma votação sobre a ajuda externa, com alguns legisladores de direita da sua bancada republicana a oporem-se a mais assistência para a luta de dois anos da Ucrânia contra a invasão russa e a ameaçarem expulsá-lo da presidência da Câmara dos Representantes se procedesse a uma votação.
Biden defende que "a Câmara deve aprovar o pacote esta semana e o Senado deve seguir-se rapidamente", afirmou acrescentando que "assinarei esta lei imediatamente para enviar uma mensagem ao mundo: estamos ao lado dos nossos amigos e não deixaremos que o Irão ou a Rússia tenham êxito".
Num artigo de opinião do Wall Street Journal, Biden classificou a versão aprovada pelo Senado do pacote de ajuda à Ucrânia e a Israel como "forte e sensata", acrescentando que "não deve continuar a ser refém de um pequeno grupo de membros republicanos extremistas da Câmara".
Veja Também Biden declara que o apoio a Israel e à Ucrânia é "vital" para a segurança dos EUAO líder norte-americano disse que o presidente russo Vladimir Putin "quer subjugar o povo da Ucrânia e absorver a sua nação num novo império russo. O governo do Irão quer destruir Israel para sempre - varrendo do mapa o único Estado judeu do mundo".
Ele disse que o armamento para ajudar a Ucrânia seria fabricado nos EUA, ajudando a economia americana. Tentando acalmar as preocupações de alguns de seus colegas democratas que se opõem a mais financiamento para a guerra de Israel contra os militantes do Hamas, Biden disse que o pacote "continuaria a fornecer ajuda humanitária urgente para o povo de Gaza".
Johnson disse aos seus colegas republicanos que vai votar três pacotes de financiamento separados para a Ucrânia, Israel e aliados dos EUA no Indo-Pacífico, e abordar outras prioridades de política externa num quarto projeto de lei e a segurança da fronteira EUA-México numa quinta medida.
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Johnson propôs que a assistência económica a Kiev fosse estruturada como empréstimos perdoáveis e que houvesse uma maior supervisão do financiamento. Mas a decisão de permitir a votação da ajuda à Ucrânia, que provavelmente será aprovada com um forte apoio dos legisladores democratas, irritou os conservadores republicanos populistas da Câmara.