O Governo dos Estados Unidos vai disponibilizar mais de mil milhões de dólares em ajuda humanitária às pessoas deslocadas pela seca ou por conflitos em 31 países africanos, anunciou nesta terça-feira, 3, o Presidente norte-americano, ao discursar no Museu Nacional da Escravatura, em Luanda.
“Hoje, anuncio mais de mil milhões de dólares em novo apoio humanitário aos africanos deslocados das suas casas devido a secas históricas”, afirmou Biden num discurso em que discorreu sobre as relações seculares entre os Estados Unidos e Angola, bem como com África, e voltou a defender a necessidade de uma aproximação maior entre os dois lados do Atlântico, nomeadamente atráves da troca de estudantes.
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O Presidente americano falou sobre os escravos angolanos levados para os Estados Unidos e sublinhou que “Angola e os EUA estão condenados a viver juntos e a reforçar as relações históricas”.
“Apesar de estarmos em fim de mandato, mas ainda temos muito que fazer para ajudar Angola, e apoio financeiro de que juntos podemos fazer história”, acrescentou o Presidente americano, que sublinhou que “Angola é um país abençoado, tendo em vista os mais variados recursos que possui”.
Antes, a Casa Branca tinha afirmado que “os Estados Unidos apoiam a candidatura de Angola do Corredor do Kwanza à lista de Património Mundial da UNESCO, como forma de olhar para o futuro, de restabelecer laços culturais e de celebrar a riqueza e a beleza de Angola”, e, na mesma note, anunciou "uma subvenção de 229. mil dólares para apoiar o restauro e a conservação" do Museu Nacional da Escravatura.
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Biden voltou ainda a reiterar a sua proposta da entrada de dois países africanos como membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e disse que podiam aplaudir porque "vocês merecem".
Ajuda humanitária
Quanto à ajuda humanitária, um comunicado da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) explica que o valor será encaminha para a combater "a insegurança alimentar e outras necessidades urgentes dos refugiados, das pessoas deslocadas internamente e das comunidades afectadas em 31 países africanos".
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“Os conflitos armados, os fenómenos climáticos extremos, os desastres naturais e outras emergências estão a impulsionar as necessidades humanitárias em todo o continente e a exigir assistência humanitária para salvar vidas e aliviar o sofrimento entre os mais vulneráveis”, continua a USAID, que lembra que vários países da África Austral estão a atravessar uma seca que, segundo algumas estimativas, "é a pior na região num século, causando grandes perdas de colheitas e de gado".
Para a agência dos Estados Unidos, "o anúncio de hoje demonstra, mais uma vez, o nosso firme compromisso de estar ao lado dos nossos parceiros e povos africanos de todo o continente na abordagem ao desafio da insegurança alimentar”.
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Este ano, os Estados Unidos já disponibilizaram 6,6 mil milhões de dólares em ajuda humanitária a toda a África Subsariana.
A ONU indicou, recentemente, que um em cada cinco africanos – quase 300 milhões de pessoas – enfrentou a fome em 2023.
C/AFP