A bicefalia actual da liderança do partido no poder em Angola continua a agitar as águas no seio do MPLA mas também na sociedade angolana.
O deputado do MPLA, João Pinto, considera possível a coabitação de dois centros de poder em Angola, o que, para ele, é típico dos regimes semi-presidenciais.
João Pinto usou as redes sociais para defender que toda a relexão em curso no país deve ser feita com moderação, sem que a transição de poder do presidente do partido para o seu vice-presidente “ocorra com tumultos, coacção física ou psicológica, com alas, por prejudicar a unidade do partido”.
O deputado considera como sendo “falacioso” exigir que José Eduardo dos Santos cumpra a sua promessa de deixar a vida política em 2018, com o argumento de que “ os discursos políticos são promessas que podem valer numa conjumntura”.
Entretanto, o analista Pedro Capracata entende que se João Lourenço assumir a liderança do MPLA o país estará de volta a um passado recente em que o Chefe de Estado acumula ao mesmo tempo os poderes Executivo e Legislativo o que, no seu entender, é prejudicial à democracia.
Por seu turno, o jornalista Alexandre Solombe consaidera queo Presidente João Lourenço vai precisar de ser um “bom patriota” e fazer as reformas constituciponais que se impõem ao país para que a indendência dos poderes em Angola seja assegurada.