Bernie Sanders avança com resolução em defesa da democracia e de eleições livres e justas no Brasil

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Bernie Sanders, senador americano

"É importante que o povo brasileiro saiba que estamos do lado deles, do lado da democracia", disse o senador americano

O senador americano Bernie Sanders anunciou que vai apresentar uma proposta de resolução ao Senado em defesa da democracia brasileira e a favor de eleições livres e justas em Outubro no país..

Em declarações ao portal de notícias Político, o senador democrata disse que a ideia é apoiar o vencedor das próximas eleições presidenciais de forma justa e livre, independentemente do resultado.

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A resolução também pedirá ao Governo dos EUA que rompa os laços com o Brasil, caso o país seja liderado por um regime ilegítimo.

“Seria inaceitável que os Estados Unidos reconhecessem e trabalhassem com um Governo que realmente perdeu a eleição. Seria um desastre para o povo do Brasil e enviaria uma mensagem horrível para o mundo inteiro sobre a força da democracia”, afirmou o senador americano.

Sandres acrescentou ainda que “isso é um começo” e que “é importante que o povo brasileiro saiba que estamos do lado deles, do lado da democracia e que podemos ir mais longe”.

A resolução proposta por Sanders, como outras do tipo, não são vinculativas, mas, na prática, manifestam a opinião do Senado.

Até agora, ainda segundo o senador, ele recebeu apoio dos colegas democratas, mas nenhum republicano se pronunciou.

A proposta deve ser formalmente submetida a votação antes ainda neste mês.

Resolução semelhante sobre Angola

Recorde-se que, recentemente, três senadores democratas introduziram um projecto de resolução a apelar à realização de eleições livres, justas e pacificas em Angola e na qual pedem ao Governo americano que responsabilize qualquer entidade que subverta o processo eleitoral.

A resolução foi introduzida pelo presidente do Comité de Relações Exteriores do Senado Bob Menendez, o senador Chris van Hollen e pelo presidente do Sub-comité para África e Saúde Global, Ben Cardin, e começa por fazer notar que Angola continua a ser considerada um país “não livre” pela organização Freedom House devido “ao abuso das instituições estatais” pelo MPLA, controlo dos media e ainda intimidação de jornalistas e “interferências burocráticas” nos partidos políticos.