A petição entregue no início deste mês cidadão britânico Damian Moran e publicada no site online do governo do Reino Unido diz que "segundo a lei internacional Netanyahu deveria ser detido por crimes de guerra ao aterrar no Reino Unido, isto pelo massacre de mais de dois mil civis em 2014".
Na petição, Moran refere-se à ofensiva dos 51 dias, pelas forças israelitas em Gaza no ano passado.
Se o número de signatários da petição atingir os cem mil, a petição pode ir a debate no parlamento britânico.
Mas Moran disse à comunicação social que ele duvida que a petição chegue à câmara devido à relação próxima entre Israel e Reino Unido
O govenro britânico foi obrigado a responder após o documento ter sido assinado por dez mil pessoas, dizendo que "chefes de Estado de visita ao país, como o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, têm imunidade de processos legais e não podem ser presos ou detidos".
"Reconhecemos que o conflito em Gaza causou um número terrível de mortes", acrescenta a resposta.
"Como o primeiro-ministro David Cameron disse, entristece-nos profundamente a violência e o Reino Unido está na linha da frente nos esforços para a reconstrução. Contudo o primeiro-ministro foi claro no reconhecimento da legitimidade de Israel para tomar medidas proporcionais para se defender, dentro dos limites da lei internacional", diz a resposta.
O Reino Unido está a forçar uma solução de dois estados para resolver o conflito israelo-palestiniano e "vai reforçar essa mensagem durante a visita de Netanyahu, em Setembro".
Como submeter uma petição no Reino Unido?
Qualquer cidadão britânico pode submeter uma petição no site do governo, apelando a uma acção específica do governo ou à Câmara dos Comuns.
Apenas cidadãos britânicos podem ser signatários de petições, mas é necessário apenas nome, endereço de email e código postal válido.
Israel atacou o Hamas na Faixa de Gaza a 8 de Julho no ano passado, causando a morte de mais de dois mil palestinianos e de 66 soldados israelitas.
Advogados britânicos pró-Palestina tentaram sem sucesso prender o ex-ministro da Justiça israelita Tzipi Livni, na sequência da guerra de Gaza entre 2008-2009.
A embaixada de Israel em Londres considerou esta última petição um "golpe publicitário sem sentido".