Apesar do projecto de ampliação de salinas, em curso há mais de quatro anos, Angola continua a gastar uma fortuna com a importação de sal, desperdiçando o potencial capaz de satisfazer as suas necessidades.
Em 2015 foram investidos oito milhões de dólares no sector.
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Com este valor, segundo apurou a VOA, o país importou 40 mil toneladas de sal, cifra inferior à produzida anualmente em Benguela.
A província de Benguela beneficia do programa de ampliação de unidades de produção, delineado para o período 2012/17.
Até finais do próximo ano, conforme indica a calculadora de Manuel Rodrigues, membro da Associação de Produtores de Sal de Angola, Benguela poderá chegar a 60 mil toneladas.
‘‘Estamos a produzir 45 mil toneladas, mas queremos chegar a 60 mil/ano já em 2017. Penso que é uma meta que se pode cumprir, uma vez que contamos com muito apoio do Estado’’, ressalta o empresário, que lembra a ampliação de cinco salinas na província.
De resto, a existência de solos e água, aliada ao clima, pode proporcionar a Benguela setecentas mil toneladas por ano, três vezes mais do que as necessidades do País.
Ainda no sector das pescas, o Grupo Adérito Areias começou a exportar, por estrada, sardinha congelada para a República da Zâmbia.
Todas as semanas, 30 toneladas chegarão à localidade mineira de Kitwé.
‘’Estamos, desta forma, a cumprir com as orientações do nosso Executivo, nomeadamente a captação de divisas. Com estas divisas, vamos adquirir material como sacos e caixas’’, sustenta Areias, convicto de que a pesca pode funcionar como motor para a economia, a julgar pelo ‘’empenho do Ministério’’.
Com a onda de exportações na ordem do dia, após o bem sucedido caso da banana, vários observadores atentos louvam as iniciativas, ainda que experimentais, mas alertam que o melhor é um compromisso nacional com a redução das importações.