Benguela: Dirigente municipal da UNITA espancado

Partido do "Galo Negro" diz tratar-se de tentativa de assassinato, mas autoridades dizem que foi tentativa de roubo

O secretário municipal da UNITA na Catumbela, na província angolana de Benguela, Albano Chiondo Lopes, foi espancado na semana passada por quatro elementos ainda não identificados.

O secretário provincial em Benguela, Abílio Kaúnda, disse nesta quinta-feira, 12, ter-se tratado de uma tentativa de assassinato, o que as autoridades desmentem atribuindo o caso a uma tentativa de roubo.

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benguela UNITA diz que secretario municipal foi espancado – 1:50

Kaunda diz ter recebido informação de planos para assassinar outro dirigente local da UNITA.

Abílio Kaúnda acrescenta que o seu representante na Catumbela foi interpelado quando abandonava a universidade onde estuda, ao cair da tarde dia 5, por elementos que o seguiam em duas motorizadas.

"Interpelaram o homem e de seguida, começaram a espancá-lo, tendo resultado em ferimentos na cabeça e no queixo, mas uma semana antes havíamos recebido a denúncia sobre um plano para o assassinato dele e do secretário comunal na Praia Bebé’’, denunciou Kaunda, acusando a “SINSE e a Administração Municipal, na pessoa do administrador local’’, de estarem envolvidos nos alegados planos.

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Kaúnda disse ainda que um relatório sobre os factos vai ser entregue aos órgãos de justiça, com conhecimento do Governo Provincial, e avança que a vítima continua a ser vigiada.

’’Ele está a recuperar sob cuidados de uma equipa médica mas continua a ser vigiado por elementos contratado pelos Serviços de Segurança”, denunciou o dirigente provincial da UNITA para quem isso “quer dizer que prossegue o plano macabro’’.

À VOA, sem gravar entrevista, o administrador municipal da Catumbela, Fernando Belo, explicou que o secretário da UNITA foi vítima de um assalto, como, segundo refere, têm sido outros cidadãos, incluindo do seu partido, o MPLA.

Quem também confirmou o incidente, igualmente sem querer gravar entrevista, foi o comandante municipal da Polícia, Cesário Canueira, ao referir que o caso está sob investigação, não tendo feito qualquer referência à alegada conspiração para se assassinar aqueles dirigentes locais da UNITA.