Dezenas de antigos trabalhadores da extinta Empresa de Transporte Público da Beira (TPB), atualmente Transporte Municipal da Beira (TMB), amotinaram-se na manhã de hoje, 27, em frente ao edifício do Conselho Municipal da Beira (CMB), na provícia moçambicana de Sofala, para reivindicar o pagamento das indemnizações que aguardam há cinco anos.
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Os manifestantes, que contestam a falta de resposta do CMB, dizem estar fartos de promessas falsas e ameaçam com uma greve "musculada" caso não recebam as suas indemnizações dentro de 15 dias.
Salvador Sampaio, um dos antigos trabalhadores, alerta que esta será a última manifestação pacífica porque já esgotaram todas as tentativas de diálogo com a edilidade.
"A próxima não sei o que vai ser. Se formos para morrer estamos prontos para morrer por justa causa. Próxima não será. Vamos preferir morrer. A nossa comissão já não está a ser atendida pela edilidade. A próxima vez não vamos admitir isso, senhor presidente do município, vamos lutar até nos matar mesmo que tenham armas e poder", afirma Sampaio.
O presidente do CMB, Albano Carig, reconhece a dívida que estima em 40 milhões de meticais (cerca de 627 mil dólares) e promete começar a fazer os pagamentos em janeiro, mas por fases.
“Estamos a trabalhar no assunto. Nos próximos dias teremos uma reunião para esclarecer como vamos fazer. Não será possível pagar tudo de uma só vez, mas mensalmente encontraremos um valor que satisfaça os dois lados”, prometeu.