As autoridades do Município da Beira, um dos mais devastados pela passagem do ciclone Idai por Moçambique, reconhecem viver uma “autêntica catástrofe” e avisam que a cidade vai levar anos para se recuperar.
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Em conversa com a VOA, José Manuel Moisés, vereador institucional no Conselho Autárquico da Beira, afirma não ser possível quantificar os custos, mas não tem dúvidas de que “serão muito avultados e, sozinho, o município não vai conseguir fazer nada”.
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Beira é uma das cidades moçambicanas que está abaixo do nível das águas do mar e o grande desafio sempre foi proteger a costa, por causa do grave problema da erosão.
As autoridades municipais dizem ter feito de tudo para garantir que essa protecção seja feita, mas sem grande sucesso, devido à falta de dinheiro.
No ano passado, o edil da Beira, Daviz Simango, em entrevista à VOA, confirmara que, para realizar um trabalho definitivo de protecção costeira, o Município local precisaria de pelo menos 600 milhões de dólares americanos.
Esses valores podem agora estar desactualizados, pois, com os estragos que o Idai fez, provavelmente será necessário muito mais.
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Um dos grandes desafios será conseguir dinheiro para garantir a protecção costeira, pois parte dessa barreira foi duramente atingida pelo ciclone.
Caso tal não acontecer, o vereador José Manuel Moisés alerta que se surgir um novo Idai, Beira “poderá ser varrida do mapa geográfico do país”.
Os prejuízos ainda estão a ser contabilizados pelo Conselho Municipal.
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