O governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, diz que o país vive hoje um ambiente de riscos mais elevados do que antes, devido ao congelamento prolongado da ajuda ao Orçamento de Estado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
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Zandamela, que falava na quinta-feira, 26, durante uma conferência de imprensa que marcou o fim da reunião do Comité de Política Monetária, afirmou que o congelamento vai exigir medidas adicionais de ajuste fiscal e a aceleração de reformas diversas.
Para o governador, "estamos hoje, pela decisão que foi tomada pelo FMI, num ambiente de riscos mais elevados do que antes. Isso requer esforços de reformas fiscais e outras de competitividade na economia ainda mais profundas do que aquilo que tinhamos em mente".
Rogério Zandamela, destacou ser necessário "reduplicar os nossos esforços e as nossas energias para lidar com esta nova realidade que nós temos, e tentar alcançar resultados positivos caminhando praticamente sozinhos do ponto de vista de ajuda ao orçamento".
Alguns economistas dizem serem necessárias reformas profundas, sobretudo ao nível das empresas públicas, cuja situação económica e financeira "é muito má".
Entretanto, o governador do Banco de Moçambique afirmou que a inflação anual no país caminha para um dígito, mas assinalou que prevalecem incertezas que podem inverter a actual tendência positiva.
Em 2016, a taxa de inflação caminhava para 30 por cento.