O Brasil recebeu na semana passada o renomado escritor moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa. Ele esteve naquele país sul-americano para lançar a publicação de seu livro Orgia dos Loucos, pela editora brasileira Kapulana.
Após os eventos de divulgação da obra, Ungulani concedeu uma entrevista à Voz da América na sede da editora. Registrado como Francisco Esaú Cossa, Ungulani começou a conversa explicando o porquê de ter escolhido esse nome literário.
Formado em história e ex-professor da disciplina, Ungulani diz que sempre teve interesse pela literatura exatamente por querer contar a realidade histórica de seu país.
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Ungulani afirma que a linha literária com a qual ele se identifica é a do resgate das memórias silenciadas, ou seja, aquelas memórias que não são reveladas ou que a grande história tenta apagar. Em suas obras, ele constrói narrativas de ficção baseadas em um fato ou realidade.
Ungulani fez parte do movimento literário Charrua, da década de 1980, que contribuiu para a criação de uma nova geração de escritores no contexto pós-independência. Antes desse movimento, a literatura moçambicana se baseava principalmente no combate ao colonialismo português.
O escritor contou como foi essa busca por novas formas estilísticas e em que contexto histórico ela ocorreu.
Essa foi a primeira parte da entrevista do moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa à Voz da América. Nos próximos vídeos, ele fala ainda sobre a importância de suas obras chegarem a outros países e sobre o cenário literário moçambicano atual.