O avião despareceu ontem à tarde e só foi encontrado este sábado, 30, num parque do Nordeste da Namíbia e todos os passageiros morreram.
"O avião estava completamente queimado e não há sobreviventes”, disse à agência Reuters um oficial da polícia namibiana.
O aparelho era um Embraer 190, de fabrico brasileiro, e levava 34 pessoas a bordo, sendo 28 passageiros e 6 tribulantes.
As autoridades moçambicanas informaram que, além da tripulação local, havia no avião 10 moçambicanos, nove angolanos, seis portugueses, um francês, um brasileiro e um chinês.
O avião fazia a ligação entre Maputo e Luanda na sexta-feira, 29, e era suposto chegar à capital de Angola às 11:40, mas desapareceu quando sobrevoava o Norte da Namíbia, numa área onde chovia torrencialmente.
O Presidente de Moçambique Armando Guebuza convocou um Conselho de Ministros extraordinário para hojepara avaliar a situação.
Por sua vez, as autoridades angolanas criaram um centro de controlo e resgate no Aeroporto Nacional 4 de Fevereiro, em Luanda, para acompanhar o acidente.
De referir que, desde 2011,aA LAM está impedida de voar no espaço europeu por deficiências de segurança.
O aparelho acidentado, de fabrico brasileiro, é um dos modernos aviões escolhidos pela LAM para a renovação da sua frota, anteriormente constituída por aparelhos Boeing.
Para além do 190, a LAM utiliza os modelos 120 e 145 da Embraer, Q 400 da canadiana Bombardier e um Boeing 737-500, produzido nos Estados Unidos.
A LAM tem tentado, sem sucesso, convencer as instâncias europeias da eficácia das medidas que tomou para resolver a situação.
Já antes, no início do século XXI, a LAM tinha estado temporiamente proibida de voar para a Europa.
Actualmente, a companhia de bandeira moçambicana assegura voos internos para todas as capitais provinciais com aeroporto e ligações regionais para Dar es Salaam (Tanzânia), Harare (Zimbabué), Luanda (Angola) e Joanesburgo e Durban (África do Sul).
A LAM, criada em 1980, e que emprega 695 trabalhadores, é a herdeira da DETA, surgida em 1936, no período da administração colonial portuguesa.