Autoridades não entregam corpos de dois detidos na prisão de Cacanda

Salvador Freire

Advogado das famílias pede indemnização “para disciplinar” polícia

Os corpos de dois detidos que morreram na prisão de Cacanda após os distúrbios em Janeiro do ano passado na vila de Cafunfo, província angolana da Lunda Norte, permanecem por enterrar, disse o advogado das famílias Salvador Freire à VOA.

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Advogado quer indemnizações pela morte de presos nas Lundas – 1:29

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Freire pede agora uma indemnização de 50 milhões de kwanzas e a devolução dos corpos retidos pelas autoridades.

Os corpos de João Mamufia, falecido no dia 1 de Janeiro, e de Pensamento José, 3 de Fevereiro ,ainda não foram sepultados e as suas famílias querem dar-lhes um enterro condigno, segundo Freire.

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O advogado disse duvidar que “o Estado venha a dar uma indemnização que compense, mas temos que fazer alguma coisa para disciplinar os agentes do Estado” .

Mamufia e José foram presos na sequência dos confrontos de 30 de Janeiro do ano passado em Cafunfo, em que um número ainda indeterminado de pessoas morreu no início de uma manifestação convocada pelo Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwe.

O Tribunal da Comarca do Dundo, na província da Lunda Norte, condenou a 25 de Fevereiro, o presidente desse movimento, José Mateus Zecamutchima e mais três arguidos, a quatro anos e seis meses de prisão, pelo facto de pertencerem ao referido movimento.