As autoridades dizem que estão em alerta para evitar o crescimento de casos de violência contra a mulher e crianças no país nesta fase de crise da Covid-19
A ministra do género, criança e acção social Nyelete Mondlane toma como base estudos da Organização das Nações Unidas, para chamar atenção a necessidade de vigilância nas famílias.
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"Queremos apelar para a vigilância e vigilância total, porque está mais do que provado que em momentos de emergência decorrente de pandemias há um acréscimo no que diz respeito à violência e abuso a mulher" disse a ministra, a margem das celebrações do mês da mulher.
Na entrada da última semana do Estado de Emergência, ainda não existem dados sistematizados sobre a incidência de casos de violência, associadas ao estado actual.
O Fórum Mulher, organização cívica que junta organizações que lutam pela causa do género, diz ter conhecimento de casos já registados nas últimas semanas.
"Uma vez que não temos uma base de dados devidamente sistematizada, ainda nos é difícil associar esses casos ao confinamento resultante do Estado de Emergência," disse Maira Domingos, coordenadora de projetos, no Fórum Mulher.
O ministério do Interior, através do Gabinete de Atendimento a Vítimas da Violência diz estar em fase de levantamento dos dados e promete divulgar oportunamente.
As Nações Unidas dizem que uma em cada três mulheres em todo o mundo já sofreu violência física e (ou) sexual, e alertam que "é provável que esta crise piore como resultado da pandemia" do novo coronavírus.