As autoridades moçambicanas já estão a trabalhar com o Governo sul-africano, com vista a estancar a onda de violência contra o património de cidadãos de Moçambique, sobretudo viaturas, na região Kwazulu Natal, a poucos quilómetros da fronteira da Ponta de Ouro.
A informação foi avançada pelo Cônsul-Geral de Moçambique em Johanesburgo, Guilherme Tamele, quem reiterou que o objectivo é “proteger os moçambicanos que se desloquem à África do Sul”.
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Tamele disse que da avaliação preliminar feita juntamente com as autoridades governamentais de Kwazulu Natal e da polícia sul-africana, concluiu-se tratar de um fenómeno envolvendo grupos criminosos, "que dizem que são manifestações por causa de viaturas roubadas na África do sul e que depois são levadas para Moçambique".
Entretanto, leitura diferente tem o analista político Egídio Plácido, para quem esta violência está ligada à segregação racial e social que a África do Sul viveu durante muito anos, avançando que "esta é uma outra forma de xenofobia, que em algum momento, é patrocinada por algumas elites sul-africanas".
A Polícia Sul-Africana (SAPS, na sigla em inglês) disse ter reforçado com mais de 100 meios operacionais o combate ao crime na região norte da província de Kwazulu Natal.
Refira-se que pelo menos sete casos de ataques a viaturas moçambicanas ocorreram nas últimas duas semanas na região sul-africana de Kwazulu Natal, sendo que o mais recente se registou a cerca de 90 quilómetros do posto fronteiriço da Ponta de Ouro.