Os 17 activistas angolanos condenados pelos crimes de rebelião, tentativa de golpe de Estado e associação de malfeitores e que aguardam a decisão do Tribunal Supremo em liberdade receberam na quinta-feira, 29, parte dos bens que lhes foram confiscados pelas autoridades policiais e judiciais desde a sua detenção, a 20 de Junho de 2015.
Os activistas Nito Alves e Nuno Dala disseram à VOA em Luanda que receberam bilhetes de identidade, diplomas e certificados universitários, computadores, impressoras, livros, fotografias e até jornais e revistas, mas que alguns bens não foram devolvidos.
“Não me devolveram o meu computador, por exemplo”, afirmou Alves que admite que outros bens e equipamentos, bem como documentos, podem não ter sido entregues aos colegas.
Tanto Dala como Alves também admitem que as autoridades podem ter grampeado os seus computadores e prometem ficar atentos.
O Tribunal Supremo não tem prazo para julgar o recurso dos activistas, condenados a penas de dois anos e três meses a oito anos e seis meses em Março.