Vinte mulheres morreram na província angolana da Huíla em 2016 vítimas de violência doméstica.
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Deste número 18 foram mortas pelos próprios maridos, uma pelo namorado e outra pela acção violenta do filho.
Os dados foram avançados no Lubango pelo chefe do Departamento de Medicina Legal e Ciências Forenses do Serviço de Investigação Criminal (SIC) da Huíla.
António Pascoal revelou que os casos de violência doméstica correspondem a 35 a 45 por cento de todos os crimes cometidos na província e que o assunto é um problema a atacar face à tendência dos números.
“Se olharmos para a demografia da nossa província isso vai nos dar um rácio de 2, 9 de mulheres que morreram na cidade do Lubango vítimas de violência doméstica em cada cem mil habitantes, ou seja, a violência nas relações de intimidade vulgo violência doméstica acaba por ser um problema que nós temos que atacar. A média de idade destas pessoas que morreram varia entre 30 e 32 anos”, revelou Pascoal.
O médico legista junto do Serviço de Investigação Criminal na Huíla disse ainda que os casos aludidos minam a construção da paz social que se busca estabelecer e aponta uma acção concertada de todos no combate a violência doméstica.
“É preciso envolver outras forças não só as policiais, mas também os tribunais, a própria concertação social, os organismos não governamentais, as igrejas. Há um trabalho conjunto que tem que ser feito, mas tem que ser concertado”, concluiu o médico.