Aumenta para 13 número de vítimas de ingestão de bebida adulterada Luanda

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Luanda, capital de Angola

"Caipirinha do Azar" é feita com combustível de avião, bebida artesanal feita de pilhas, açúcar e fermento e capassarinho, um fruto alucinogénio

Aumentou para 13 o número de vítimas mortais de uma bebida alcoólica caseira, denominada "caipirinha do azar", consumida no fim de semana por várias pessoas no bairro da Caop, em Viana, arredores de Luanda.

As autoridades tinham avançado com 11 mortes, mas uma fonte da Polícia Nacional disse ao Novo Jornal que o número ascende a 13.

A bebida é uma mistura de “água do chefe” (bebida artesanal destilada, feita de pilhas, açúcar e fermento e conhecida originalmente por caporroto), um fruto com efeito alucinogénico chamado capassarinho e combustível para aviões, de acordo com fontes locais.

O Serviço de Investigação Criminal (SIC) informou na segunda-feira, 26, ter detido três pessoas, entre as quais a vendedora da bebida.

A "caipirinha do azar" provoca sintomas como dores de cabeça e no corpo, enjoos, mal-estar geral, dificuldades para andar e até perda de visão.

As investigações continuam, de acordo com o SIC.

Esse tipo de bebida tradicional, feita com produtos impróprios para consumo, como pilhas e combustível, é muito conhecida em Angola com diferentes nomes e ingredientes.