Com o surgimento de novos tipos de drogas, entre elas de pó e injectáveis, aumenta a oferta de substâncias psicoactivas em Moçambique.
Na província de Nampula, há cada vez mais adolescentes e jovens no mundo das drogas ilícitas.
A canábis sativa (suruma) e o álcool contam entre os produtos mais consumidos pelos jovens na província nortenha de Nampula.
Apesar do álcool ser considerado no país uma droga licita, continua a provocar consequências sérias na vida dos jovens consumidores que abandonam a escola, gerando problemas no seio familiar.
Desde 2015 o Hospital Psiquiátrico de Nampula atendeu mais de três mil pacientes com problemas mentais e perturbações decorrentes do consumo de substâncias psicoativas.
Um relatório do Gabinete de Combate à Droga em Nampula indica também que o consumo de álcool está na origem da maior parte dos casos que chegam ao hospital.
Em entrevista à VOA, vários jovens indicaram que o desemprego e a influência de amigos são factores que os levam a consumir drogas.
No entanto, eles não levam em conta as consequências decorrentes do consumo de drogas porque, dizem, ajudam-lhes a fazer o que pretendem.
O programa de combate às drogas em Moçambique prevê também mitigar o consumo abusivo de bebidas alcoólicas e o tabaco, para além fiscalização e combate ao narcotráfico.
Neste sentido, têm sido desenvolvidas campanhas de sensibilização, acompanhamento psicossocial aos dependentes e definido políticas para a sua reinserção.
Germano Joaquim, director do Gabinete Provincial de Combate à Droga em Nampula, reconhece que o traficante de drogas representa uma preocupação.
Neste momento 76 cidadãos nacionais e três estrangeiros respondem criminalmente por tráfico e consumo ilícito de drogas.
Por seu lado, o porta-voz da polícia, Zacarias Nacute, refere que em Nampula o consumo do álcool esta estreitamente relacionado a crimes que acontecem sobretudo na calada na noite.